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quinta-feira, 11 de março de 2010

LIII - O MOVIMENTO CATÓLICO CARISMÁTICO

Parte LIII
O MOVIMENTO CATÓLICO CARISMÁTICO

Examinado à luz da Bíblia


 I - Introdução Origem E História Do Movimento 



Seria correto dizer-se que o texto de Joel 2:28-29 (citado pôr Pedro em Atos 2:16-18) tenha, pôr extensão, atingido os Católicos Romanos?

Muitos entendem que sim, outros dizem que não.

Segundo dados da Conferencia Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), a Igreja assiste, a cada ano, à evasão de 600 mil fiéis, desestimulados com os rumos do catolicismo. O Movimento carismático foi apontado na própria assembléia geral da CNBB, em abril de 1990, como uma das formas de resistência e combate ao crescimento de movimentos evangélicos.

Os carismáticos estão hoje em mais de 130 países, inclusive no antigo bloco comunista. É incrível o crescimento em nosso país e se firma como arma católica contra os evangélicos..

II - História
Podemos dizer que o Papa Joäo XXIII foi o precursor da Renovação Carismática. O Concílio Vaticano II, foi o início desse movimento, manifestou-se a propósito desse movimento: O Espírito está se movendo em sua igreja hoje, especialmente desde o Concilio Vaticano II. Parece pôr acaso esperar-se maior freqüência dos dons espirituais operando na Igreja? Antes do Concílio, orávamos todos os dias: Renova tuas maravilhas em nossos dias, para que tenhamos um novo Pentecostes.’ Esperávamos que o concílio fosse um acontecimento ‘pentecostal’, um derramamento do Espírito Santo. E foi mesmo.’ Livro Católico Pentecostais (pág.232)

Ressaltam os católicos que o seu movimento carismático não deve ser confundido com o movimento carismáticos das igrejas evangélicas pentecostais: "... não devemos confundir o movimento pentecostal católico com o pentecostalismo denominacional." (Pág. 196)

III - Desenvolvimento
No outono de l966 reuniu-se na Universidade do Duquesne, na cidade de Pittsburgh durante a Convenção Nacional dos Cursilhos, o movimento desencadeado pelo Clero Católico, no sentido de dinamizar as práticas católicas. O mentor espiritual foi Edward O.Connor, escritor dos livros - O Movimento Pentecostal na Igreja Católica", e "Pentecoste e Catolicismo. Seus auxiliares neste trabalho foram Steve Clark e Ralph Martin Keifer. (Pág. 15,17).

Dai o movimento propagou-se nas seguintes escalas:

1967 - Universidade de Notre Dame (1.000 pessoas presentes)
1973 - Oitavo Congresso Internacional sobre Renovação Carismática, com a presença de 30.000 pessoas representando 40 nações.

1 - Em nível internacional:
O Escritório Internacional da RCC (ICCRO) International Catholic Charismatic Office funciona em Roma, Itália.

2 - Em nível de América Latina
Existe também um Escritório Latino Americano para atender a essa região, cuja a sede está na cidade de Bogotá, Colômbia.

IV - Brasil
No Brasil, o movimento carismático teve inicio pôr volta de 1972, com o padre jesuíta Harold J. Rahm e a cidade escolhida foi Campinas. A estratégia de se começar o movimento carismático nessa cidade do Estado de São Paulo se prende ao fato de lá se concentrarem muitos missionários evangélicos Norte Americanos, oferecendo assim ameaça às tradições católicas campineiras. De Campinas o movimento carismático se espalhou para todo o Brasil.

V - Objetivo
O objetivo desse movimento é o ECUMENISMO. E para que esse objetivo fosse alcançado, teve-se em mente atingir de modo específico os evangélicos pentecostais. E isto pôr duas razoes:

Dentre os evangélicos, os pentecostais se demonstravam os mais arredios contra a pretensão de promover o Ecumenismo, proposto pelo Concílio Vaticano II. 
O interesse evangelístico do povo pentecostal afastando muitos católicos da sua grei. O crescimento do povo pentecostal no Brasil causava terrível preocupação à liderança católica. Esse movimento carismático tem pois o objetivo de assegurar o católico dentro da sua própria Igreja. 
VI - Testemunhos
Agora passemos a examinar os testemunhos encontrados no livro Católicos Pentecostais, e confrontá-los com a Bíblia.

1.) As orações continuariam, porém, em meio a um alegre bate-papo. Um jovem casal permanecia de mãos dadas. Uma moça bebia coca-cola. Um homem oferecia cigarro a alguém. Quando eles, em seguida, iniciaram um cântico que dizia: "...eles saberão que somos cristãos pôr causa do nosso amor ... Senti-me, eu mesma, sendo absorvida pôr aquilo". (Pág. 62)

Comentários: Observemos "Alegre bate-papo", "jovem casal de mãos dada ". 

Moça bebendo bebida alcoólica, oferecendo cigarros"... Tudo numa cordial reunião de oração! Isso porventura inspira? Ajuda a comunhão com Deus?

Ainda bem que o livro expõe que o movimento carismático católico nada tem a ver com o movimento carismático evangélico, pois seria escândalo um crente ser encontrado fumando, muito mais numa reunião em que se busca o batismo com o Espírito Santo, estar sendo realizada com pessoas presentes oferecendo cigarros aos demais. (Is. 6:3; Ap. 4:8; I Pd 1:16; Jo 16:8; Gl 5:22,23; II Tm 2:19).



2.) Antes do ofertório da Missa, Tom Bettler, um concluinte de Notre Dame, fez sua profissão de fé e foi oficialmente recebido na Igreja Católica, tendo recebido sua primeira comunhão. Uma razão maior do que todas para celebrarmos!". (pág. 71)


Comentários: Esse é o testemunho de Mary McCarthy, ex-aluna da Universidade de Duquesne. Como se vê com seu recebimento do batismo no Espírito Santo trouxe-lhe um apego muito maior a igreja católica. É sabido que a Igreja Católica ensina não existir salvação fora de sua organização (pág. 41 - Terceiro Catecismo de Doutrina Cristã, primeira edição, agosto de 1966, Editora Vera Cruz Ltda). En isso é antibiblico (At. 4;12; I Co 3:11; Jo 14:6; Ap 5:9-l0).

3.) É algo muito importante observar que o suposto derramamento do Espírito Santo entre os católicos não os convenceu de abandonarem sua igreja. "Ao contrário renovou seu amor pela igreja e edificou sua vida na comunidade católica" (pág. 73)

Comentários: Como resultado da experiência pentecostal o católico se apega mais a igreja, recita mais o rosário, participa mais da vida sacramental da igreja.

A Bíblia se refere só a duas ordenanças deixadas pôr Jesus: batismo e ceia. São ordenanças simbólicas, sem qualquer poder sobrenatural de comunicar graça especial ( Mt 28:19; Mc 16:15,16; At 8:37; Rm 6:3,4; I Co 11:23-26)

Quem recita o rosário em coro incorre na reprovação de Jesus (Mt 6:5). Aos rezadores de rosário disse Jesus (Mt 15:7-9).

4.) "Somente pelo fato de ser vivificado pelo Espírito Santo é que a Igreja continua a celebrar o mistério pascal d Cristo, em palavra e sacramento, fazendo presente e eficiente em cada geração a plenitude da redenção"(pág. 159)

Comentários: Como se observa, através da igreja católica é que se efetua "a plenitude da redenção" e isto se dá através do sacramento da Eucaristia, que também é conhecido como transubstânciação que é a conversão de toda substância pão no corpo de Jesus Cristo, e de toda a substânciação do vinho, no corpo, sangue alma e divindade de Jesus Cristo. Isto se dá depois da consagração da hóstia.

Quem come do pão e bebe do vinho pensando que se transformaram na pessoa de Jesus e os adora, comete idolatria (Ex 20:3-5). Usar o texto de Jo 6:60,66,68 para tentar provar está heresia não é valido, pois a obra de Deus está em Jo 6:29. Jesus não entra no aparelho digestivo, mas no coração.

5.) Testemunho de Mary McCarthy - "Em seguida tornei-me envolvida de maneira mais dinâmica, na liturgia. A assistência diária à missa tornou-se minha maneira de viver. Através da Missa recebo a força de que necessito para testemunhar de Cristo e seus ensinamentos"(pág. 44,45). "... Sem nenhuma emoção que acompanhasse o acontecimento, mas com grande calor no corpo e uma grande segurança, convidei todos os presentes para acompanharem no Magnificat" (pág. 121)

Comentários: Missa é a repetição do sacrifício de Cristo realizado na cruz apenas com uma pequena diferença sem derramamento de sangue.

Missa é inteiramente inútil, diante do que está escrito em Hb 10:14. Não é sacrifico porque Jesus ressuscitado não pode tornar a morrer (Rm 6:9; Hb 9:22,28). O sacrifício de Cristo foi de uma vez para sempre (Hb9:212,24-28;10:10,12,14; Fp 2:8,9; At 2:33-36).

O Magnificat está registrado na Bíblia em Lc 1:39-42, mediante isso a igreja acrescentou algumas coisas:

1 - Maria mãe de Deus
Jesus é Deus feito carne (Jo 1:1,14) - A virgem Maria foi escolhida para ser a mãe da natureza humana de Cristo. Ela foi mãe de seu corpo físico, porem não podia ser mãe de sua Deidade, Cristo a segunda pessoa da Trindade, é eterno (Is 9:6; Mq 5:2; Hb 1:10-12; 13:8), sempre existiu como Deus (Cl 1:16; Jo 8:56-58).

2 - Maria Advogada
A igreja católica apresenta Maria como medianeira da humanidade. Na Ave Maria rezam: Santa Maria, mãe de Deus, rogai pôr nós, pecadores, agora e na hora da nossa morte.

Três motivos para nos dirigirmos a Cristo e não a Maria:
a) é antibíblico - Cristo é o único mediador (I Tm 2:5);
b) é inútil - Cristo ensinou que Maria não tinha mais direitos ou privilégios do que qualquer pessoa que cresse nEle (Mt 12:46-50; Lc 11:27-28; Mc 3:31-35)
c) é desnecessário - pôr que fazer rodeios quando temos o convite de ir diretamente a Cristo (Hb 4:15,16)

6 - Testemunho de Bert Chezzi - "As devoções naturais, como a de Maria, pior exemplo, tornaram-se mais significativas (e eu era um dos que colocavam Maria completamente fora de cena, anos atrás" (pág. 114,115).

Comentários: Pôr devoção à Maria, são recomendadas:

a) Honra especial com o culto de hiperdulia;
b) Reza do Santo Rosário

A teoria de que à Maria se preste um tipo de culto inferior que ao prestado a Deus é inútil na prática, pois o adorador comum não tem capacidade de fazer distinção de cultos, como também ele não sabe qual a distinção existe. Assim ela é considerada como uma espécie de quarta pessoa da Trindade, embora os católicos afirmem crer na Trindade.

7 - Bert Chezzi continua seu testemunho dizendo: "Especialmente a vida sacramental da Igreja tem se tornado mais significativa, particularmente o sacramento da Penitência, que ambos usamos agora com muito mais resultado e frutos do que nunca. " (pág. 114)

Comentários: O sacramento da penitência também conhecido como da Confissão é mencionado no Terceiro Catecismo - pág. 126,127, é um meio de obter o perdão de pecados cometidos depois do batismo. E para que isto se efetue, torna-se necessário confessar os pecados ao sacerdote

O rei Davi tendo pecado, dirigiu-se a Deus (Sl 51:1; I Jo 1:9) As Escrituras falam de arrependimento para que haja perdão (Sl 32:5; Is 43:25; Mt 6:6-12; Lc 7:48; Jo 8:11; At 8:22; 10:42,43; II Co 5:18-20).

Onde o pecado é perdoado não pode mais haver pena a cumprir (Hb 10:17,18).

Conclusão: A vista do exposto, toda pessoa que agir em desacordo com os ensinamentos de Cristo, tendo práticas religiosas completamente estranhas e condenadas pela Bíblia, estão em sério perigo de condenação, pois não podemos seguir a Cristo no pecado de idolatria, mas uma prova de conversão é uma vida que se inicia no momento em que se crê (II Co 5:17).

Não podemos nos esquecer das advertências de Jesus em Mt 7:15-23. As obras, é verdade não produzem salvação. Mas a salvação produz boas obras. Ler II Co 6:14-18.

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