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sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

VII - MINISTÉRIO DE CRISTO

Parte VII
MINISTÉRIO DE CRISTO

Modelo para o Ministério da Igreja - Parte II

Mateus 4. 23-25 


4.23. Percorria Jesus toda a Galiléia, ensinando nas sinagogas, pregando o evangelho do reino e curando toda sorte de doenças e enfermidades entre o povo.

4.24. E a sua fama correu por toda a Síria; trouxeram-lhe, então, todos os doentes, acometidos de várias enfermidades e tormentos: endemoninhados, lunáticos e paralíticos. E ele os curou.

4.25. E da Galiléia, Decápolis, Jerusalém, Judéia e dalém do Jordão numerosas multidões o seguiam. 9.35. E percorria Jesus todas as cidades e povoados, ensinando nas sinagogas, pregando o evangelho do reino e curando toda sorte de doenças e enfermidades.

Estivemos em ocasião anterior refletindo a respeito do ministério de Cristo e afirmando que o ministério de Cristo era um modelo ideal para o nosso ministério. Na ocasião anterior, falamos de três aspectos do ministério de Jesus Cristo: que o seu ministério foi de ensino, destacando que ao ensinar Jesus apelava à mente de seus ouvintes; também destacamos que o seu ministério foi de proclamação, vendo que neste aspecto Ele apelava ao coração dos ouvintes; finalmente, enfatizamos que o ministério de Jesus Cristo foi um ministério de cura e que Jesus Cristo curava toda sorte de doenças e enfermidades, nesse último aspecto Jesus Cristo estava tratando do corpo. Com isso, queríamos demonstrar a integralidade do ministério de Cristo que envolvia todas as áreas do ser humano.

Na continuação, queremos destacar a influência do ministério de Jesus no seu contexto e na sua época.


1. O ministério de Jesus teve repercussão.


E a sua fama correu por toda a Síria.

Ao ler a narrativa de Mateus podemos perceber que o ministério de Jesus sem que fossem necessários cartazes e anúncios na Folha de Jerusalém ou nos principais programas televisivos de Israel era cada dia mais conhecido. Não que Jesus contasse por trás de si mesmo com uma equipe especialista em estratégia de marketing religioso que apregoasse as suas virtudes e grandezas. Não, não era esse o caso! As coisas excelentes se afirmam por si mesmas. A luz não pode ser escondida, o sabor do sal sempre será perceptível, o brilho do diamante sempre se revela. 

Quem precisa de propaganda, de anúncio, de divulgação do seu ministério é quem está ansioso por projeção, por sucesso e fama.

Jesus, já havia rejeitado anteriormente, no episódio da tentação, usar o poder para provar quem era. Quem é não precisa provar. Satanás disse: se és! Mas Deus disse: Tu és o meu filho amado.

Jesus sabia e nos ensina isso, o importante é aquilo que somos para Deus; seus amados. 

Somos amados por Deus, não pelo sucesso que fazemos, pela fama que temos, pelo poder que possuímos. Nada disso impressiona a Deus. Ele nos ama porque somos seus filhos, não porque somos astros de um teatro religioso.

A repercussão do nosso ministério virá como corolário, como conseqüência da ação do Espírito Santo de Deus na nossa vida. Cedo ou tarde virá à luz. Não virá como a conseqüência de uma busca. Assim como a obra de Deus na natureza, como afirma Paulo, não fica escondida, assim a obra do Espírito Santo no meio do povo de Deus há de repercutir. O Espírito produz fruto. A técnica produz fantasia. 

Foi dito dos primeiros cristãos que eles abalaram o mundo de sua época (Atos 17.6). 

Devemos ter equilíbrio no que diz respeito a esse assunto. Não cabe a nós proclamar o que fazemos, mas a obra que o Senhor realiza por meio de nós, com certeza ecoará.

Ao escrever aos tessalonicenses, no capítulo 1, verso 7, Paulo, assim se reporta ao que Deus estava fazendo no meio deles: Porque de vós repercutiu a palavra do Senhor não só na Macedônia e Acaia, mas também por toda parte se divulgou a vossa fé para com Deus, a tal ponto de não termos necessidade de acrescentar coisa alguma. 

2. O ministério de Jesus teve resultados.

A segunda coisa a se destacar a respeito do ministério de Jesus Cristo é que o seu ministério teve resultados. 

Jesus curou enfermos, ressuscitou mortos, restaurou vidas, transformou a história de muitas pessoas.

Ao falar da relação da Videira Verdadeira com os seus ramos assim Jesus se expressa: João 15:16 Não fostes vós que me escolhestes a mim; pelo contrário, eu vos escolhi a vós outros e vos designei para que vades e deis fruto, e o vosso fruto permaneça. 

Há duas coisas que quero destacar neste texto: primeiro, que Jesus deixa claro o seu objetivo para conosco, é que sejamos frutíferos. Jesus não nos chamou para sermos estéreis. A conseqüência de quem está ligado com Jesus Cristo é ser frutífero. 

O segundo aspecto a ser destacado é a permanência do fruto. Há uma coisa que deve ser levado em conta nas estatísticas evangelásticas dos nossos dias: é o que se denominou de igreja rodoviária. É uma igreja na qual há sempre um grande número de pessoas, mas sempre a caminho. O número de pessoas que chega e que sai é muito grande.

Nesse momento fico a pensar na imagem que Cristo criou da videira e uma coisa vem a minha mente; não deveria o fruto ter a qualidade da árvore? Será que algumas uvas que estão aparecendo foram criadas em laboratório, geneticamente modificadas e por isso não têm a qualidade original da videira verdadeira. Pensar que o ministério de Cristo teve resultados deve nos leva a criticar o nosso conformismo que, nos leva procurar desculpas pela falta de resultados.

Uma igreja que é nutrida na seiva de Jesus Cristo e que é permanentemente regada com a unção do Espírito Santo é uma igreja produtiva e que se desenvolve.

Por outro lado, devemos buscar o selo de qualidade de Cristo na produção. Se a árvore é conhecida pelo fruto, o inverso também é verdadeiro: pelo fruto se conhece a árvore que o gerou. 

Se não podemos permitir que o comodismo se assenhoreie das vidas de nossas igrejas, não podemos, por outro lado, cair em um pragmatismo vazio em que em busca de produtividade sacrificamos a qualidade.

Alguém já disse com muita propriedade: o frango de granja pode ser grande e crescer rápido, mas nunca há de se comparar com o delicioso sabor de uma galinha caipira.

3. O ministério de Jesus teve relevância.

Em algumas passagens dos evangelhos podemos aclarar ainda mais esta verdade que já afirmamos, elas não são exaustivas, mas, exemplificativas, há muitas outras que poderiam se somar a essas.

Mateus 9.33 E, expelido o demônio, falou o mudo; e as multidões se admiravam, dizendo: Jamais se viu tal coisa em Israel!

Marcos 2.12 Então, ele se levantou e, no mesmo instante, tomando o leito, retirou-se à vista de todos, a ponto de se admirarem todos e darem glória a Deus, dizendo: Jamais vimos coisa assim!

João 7.45-46 Voltaram, pois, os guardas à presença dos principais sacerdotes e fariseus, e estes lhes perguntaram: Por que não o trouxestes? Responderam eles: Jamais alguém falou como este homem.

Finalmente, se o ministério de Jesus Cristo é modelo para no nosso ministério, não podemos perder de vista que o ministério de Jesus Cristo teve relevância. 

Com isso, nós queremos mostrar que o seu ministério era diferenciado e fazia diferença.

Na sua proclamação e na sua prática a igreja tem que demonstrar a sua relevância na sociedade na qual está inserida.

Se colocarmos a igreja em comparação com outras instituições poderemos afirmar a sua superioridade de tal sorte que se possa dizer que há ninguém que possa se comparar a ela.

Temos tido por Jesus Cristo e pelo seu Reino a paixão que tem a torcida fiel corintiana. Para alguns, as coisas de Deus estão reservadas para o domingo à noite, se não estiver chovendo. Afinal de contas, ninguém é de ferro, talvez de açúcar. E quando o culto fica demorando... onde já se viu, mais de duas horas de culto? Enquanto muitos torcedores de futebol viajam longas distâncias para ver seu time jogar, há muitos crentes que não saem da frente da televisão nem por Jesus Cristo.

Temos tido por Jesus Cristo e pelo seu Reino a abnegação que tiveram aqueles que fizeram as grandes revoluções comunistas desse século que foram capazes de matar e de morrer por uma ideologia, por uma esperança que se derreteu como um sorvete ao sol.

A obra missionária vive a mingua de recursos. Os missionários são enviados com as sobras dos recursos investidos em vitrais e em luxo nas igrejas.

O único patrimônio que uma igreja poderá levar para a eternidade são as vidas que ela conquistou para o seu Senhor.

A igreja tem que ser mais aguerrida na proclamação do Reino de Deus do que sindicalista em porta de fábrica. Tem que ser mais compassiva com a miséria humana do que qualquer espírita engajado.

Tem que amar a justiça e o direito mais do que qualquer promotor idealista.

Para que se possa dizer, a igreja é insubstituível. Ninguém jamais foi como ela na paixão pelo seu Senhor, na compaixão para com os perdidos, na denúncia do pecado e da injustiça e na proclamação da verdade do Reino de Deus.

Queremos, concluir relembrando que se queremos buscar um modelo para o nosso ministério como igreja e como servos de Jesus Cristo, não devemos busca-lo na imitação da igreja da moda ou líder cristão em evidência. Devemos, busca-lo em Jesus Cristo como dizia o autor de Hebreus olhando firmemente para Jesus Cristo, cujo ministério teve repercussão, E a sua fama correu por toda a Síria, e da Galiléia, Decápolis, Jerusalém, Judéia e dalém do Jordão numerosas multidões o seguiam.

Foi um ministério que teve resultados e resultados permanentes. Eu, você e os milhões de cristãos espalhados sobre a face da terra somos a prova disso. Daqueles que o seguiam, muitos saíram pelo mundo a proclamar a sua morte e ressurreição. Finalmente, foi um ministério relevante. A história é dividida por Ele. Imaginem a história da humanidade sem Jesus Cristo. Seria despida de todo o sentido e brilho. Seria como um mar sem água; um céu sem estrelas; um sol sem luz e calor; uma música sem som; um alfabeto sem letras. Um absurdo completo.

E como seria essa cidade sem a sua igreja? Como seria a sua rua sem você? Como seria a sua classe sem você? Como seria a sua família sem você? Como seria essa igreja sem você? A sua fé e o seu ministério são relevantes?

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