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sexta-feira, 12 de março de 2010

LXXX - A Bíblia das Testemunhas de Jeová - Revela a Divindade de Jesus – VIII Abreviaturas

Parte LXXX

A Bíblia das Testemunhas de Jeová - Revela a Divindade de Jesus – VIII 


Abreviaturas usadas neste artigo:



TJ – Testemunhas de Jeová

STV – Sociedade Torre de Vigia de Bíblias e Tratados

TNM – Tradução do Novo Mundo das Escrituras Sagradas

Tenho mostrado nessa série de artigos o quanto a STV tem sido incoerente em seus ensinos. Apesar das muitas alterações realizadas, a TNM continua revelando a divindade de Jesus. Como se sabe, a tripersonalidade de Deus é negada pela referida sociedade religiosa. A incoerência ocorre porque os “tradutores” não conseguiram distorcer todas as provas da divindade das três pessoas: O Pai, o Filho e o Espírito Santo. 

Neste artigo, tratarei da divindade do Espírito Santo. A Sociedade declara que o Espírito Santo é uma força ativa impessoal. Não é uma pessoa e não é Deus. Pode ser definido como um poder que emana de Deus Jeová, porém não se trata de uma pessoa coexistente com ele. Vejamos o que a TNM diz a respeito dessa “força ativa”.

O Espírito é eterno:

“Quanto mais o sangue do Cristo, o qual, por intermédio dum espírito eterno, se ofereceu a Deus sem mácula...” (Hb 9.14-TNM). Está dito pela STV que o Espírito é eterno. A eternidade é um dos atributos da divindade. Ao substituir “do Espírito eterno” (Bíblia Sagrada) por “dum espírito eterno” (TNM) a Sociedade cometeu um equívoco de grande proporção. Enquanto a Bíblia aponta o Espírito como o único da espécie, a STV, ao usar o artigo indefinido “um”, declara que Ele faz parte de um grupo de espíritos eternos (?!). Jeová teria várias “forças ativas” operando? Ou seria apenas uma “força ativa”? 

O Espírito é onipresente:

“Para onde posso ir do teu espírito, e para onde posso fugir de tua face?” (Sl 139.7-TNM). O Espírito está presente no céu e na terra. A onipresença é um dos atributos da divindade. Aqui a STV define o espírito como único. “Do teu espírito”. Pelo que ensina a Sociedade, o versículo diz que ninguém pode fugir da “força ativa de Deus”. 

O Espírito é onisciente:

“Pois o espírito pesquisa todas as coisas, até mesmo as coisas profundas de Deus” (1 Co 2.10-TNM). Ninguém pode penetrar a essência divina, mas o Espírito pode porque é da mesma natureza. O Espírito tem o conhecimento perfeito de todas as coisas. A onisciência é atributo exclusivo da divindade. Observem que aqui a STV qualifica o Espírito como o único da espécie: “O espírito...”. 

O Espírito é poderoso:

“Com o poder de sinais e portentos, com o poder de espírito santo...” (Rm 15.19-TNM). Se “o Espírito é Jeová”, como está dito pela Sociedade, logo o Espírito é Deus Todo-Poderoso. Aqui a STV já diz que o espírito é santo. A expressão “poder de espírito santo” revela um poder especial que só o espírito possui. 

O Espírito recebe nome divino:

“Ora, Jeová é o Espírito”; e onde estiver o espírito de Jeová, ali há liberdade (2 Co 3.17-TNM). A Bíblia diz que “o Senhor é o Espírito”. Para não chamar o Espírito de “Senhor”, nome também atribuído a Cristo e a Deus, a STV traduziu “Senhor” por Jeová. Notem que a Sociedade personaliza e identifica o Espírito como único e o iguala a Jeová. Como dizem que Jeová é a “força ativa”, a “força ativa” é Jeová (?!). Quanto mais emendam, mais se complicam. A complicação maior está no enunciado seguinte: “E onde estiver o espírito de Jeová”. Então, Jeová é o Espírito e possui o espírito? 

O Espírito é Criador:

“O próprio espírito de Deus me fez; o fôlego do próprio Todo-poderoso passou a fazer-me viver” (Jó 33.4-TNM). O Espírito é chamado de “espírito de Deus” (1 Co 3.16-TNM), “espírito de Cristo” (Rm 8.9-TNM), “espírito santo” (At 1.5-TNM), “espírito que dá vida” (Rm 8.2-TNM). Se a STV considera que o Espírito Santo é uma força ativa de Deus, e que essa “força” possui os mesmos atributos de Deus (eternidade, onisciência, onipotência, onipresença), há que admitir que essa “força ativa” é também de Cristo: “espírito de Cristo” (Rm 8.9-TNM), ou seja, “força ativa de Cristo”. Querer encobrir a realidade da Trindade divina, é o mesmo que tentar tapar o sol com uma peneira. 

Isso nos leva a refletir o que está em Gênesis 1.2-TNM: “E a força ativa de Deus movia-se por cima da superfície das águas”. Nessa passagem, a Sociedade substituiu “o Espírito de Deus” por “a força ativa de Deus”. Mas não pôde dar continuidade a essa substituição. Em muitas outras ocasiões, a TNM não usou a mesma estratégia. Se houvesse alguma coerência, Jó 33.4 deveria ser: “A própria força ativa de Deus me fez”. A STV, sem alternativa, largou a idéia inicial e passou a chamar o Espírito de Espírito. 

Resta saber que essa “força ativa” possui personalidade e age como pessoa, isto é, fala, convence, guia, consola e tem sentimentos. 

O Espírito convence as pessoas:

“E, quando este chegar [o ajudador, o espírito da verdade], dará ao mundo evidência convincente [convence] a respeito do pecado, e a respeito da justiça, e a respeito do julgamento” (Jo 16.8-TNM). Uma “energia ativa” faz isso? 

O Espírito guia as pessoas à verdade:

“No entanto, quando esse chegar, o espírito da verdade, ele vos guiará a toda a verdade...” (Jo 16.13-TNM). Jesus revelou uma das atividades da pessoa do Espírito Santo. Em 2 Coríntios 3.17, a STV declara que “Jeová é o Espírito”. Jesus estaria afirmando que Jeová iria chegar? Seria uma força ativa que estaria por chegar?! Só um ser pessoal pode falar a outro ser pessoal. 

O Espírito é supridor de ministros:

“Prestai atenção a vós mesmos e a todo o rebanho, entre o qual o espírito santo vos designou superintendente para pastorear a congregação [igreja] de Deus, que ele comprou com o sangue do seu próprio [Filho]” (At 20.28-TNM). 

A STV, com intuito de defender sua tese, faz tremenda confusão. O Espírito não é mais uma força ativa. Adquire personalidade, define, estabelece; age como pessoa; a Igreja é de Deus, mas o Espírito atua livremente. O sangue do Filho foi usado por Deus para comprar a Igreja (?!). A STV faz malabarismos para defender suas heresias. O resultado é a transformação da Tradução do Novo Mundo numa colcha de retalhos, tantos são os remendos. As Testemunhas de Jeová - as verdadeiras vítimas – não conhecem essas alterações na sua profundidade. Também não conhecem a Bíblia. Conformam-se com os esclarecimentos da liderança. Dão-se por satisfeitas. Não possuem plena liberdade de apresentar qualquer tipo de discordância. Não podem discordar. Paira sobre elas o medo da exclusão da Sociedade, a “detendora da verdade”, a sociedade dos únicos ungidos. Estão amarradas por algemas invisíveis. 

Vejam: “Também, eu te digo: Tu és Pedro, e sobre esta rocha construirei A MINHA CONGREGAÇÃO [igreja]...” (Mt 16.18-TNM – grifo meu). “Assim como também o Cristo é cabeça da congregação [igreja], sendo ele salvador [deste] corpo” (Ef 5.23-TNM). “Ele é a cabeça do corpo, a congregação...” (Cl 1.17-TNM). A STV modificou Atos 20.28 para dizer que a Igreja é somente de Jeová. Jesus teria mentido ao dizer “minha congregação”? A Verdade está com a Sociedade Torre de Vigia ou com Jesus? 

O Espírito fala e dirige a igreja:

“De modo que o espírito disse a Filipe: Aproxima-te e junta-se a este carro...” (At 8.29-TNM). “Enquanto ministravam publicamente a Jeová e jejuavam, o espírito santo disse: Dentre todas as pessoas, separai-me Barnabé e Saulo para a obra a que os chamei” (At 13.2-TNM). Por coerência, A TNM deveria registrar: “A força ativa disse”. A STV classifica o Espírito como uma energia impessoal em movimento. Pergunto: Energia fala? Se fala, é uma pessoa, da mesma forma como Jeová fala e é uma pessoa. 

O Espírito é Deus:

A Sociedade já revelou publicamente que o Espírito é Deus. Mas irei reforçar essa confissão, com uso da própria TNM: 

“Mas Pedro disse: Ananias, por que te afoitou Satanás a trapacear [mentir] o espírito santo... trapaceaste [mentiste] não a homens, mas a Deus” (At 5.3, 4-TNM). Se houvesse o mínimo de coerência, a TNM deveria registrar: “trapacear a energia impessoal ou força ativa”. A TNM confirma que ao mentir ao Espírito era o mesmo que mentir a Deus. A Sociedade confirma que o Filho é Deus Forte e Pai Eterno (Is 9.6); disse que Deus é o Espírito; agora diz que o Espírito é Deus. 

O Espírito tem sentimentos:

“Também, não contristeis [entristecer] o espírito santo de Deus...” (Ef 4.30-TNM). “Mas eles mesmos se rebelaram e fizeram seu espírito santo sentir-se magoado” (Is 63.10-TNM). Para manter a coerência, a TNM deveria registrar que a energia de Deus ficou triste e magoada (?!). Vejam o que foi registrado em Gênesis 1.2: “A força ativa de Deus movia-se por cima da superfície das águas” (TNM). Uma energia fica triste? 

Na verdade, assim como o Filho e o Pai são um (Jo 10.30-TNM), o Espírito Santo e Deus são um. Logo, Pai, Filho e Espírito são as três pessoas divinas; são um só Deus que subsiste em três pessoas coexistentes.

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