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sexta-feira, 12 de março de 2010

LXXVI - A Bíblia das Testemunhas de Jeová Revela a Divindade de Jesus – VI

Parte LXXVI
A Bíblia das Testemunhas de Jeová Revela a Divindade de Jesus – VI

Incoerente, porém verdadeiro: A divindade de Jesus é negada pelo Grupo, mas a Tradução do Novo Mundo (TNM) registra a igualdade do Filho com o Pai. Ou, em outras palavras, que Jesus é Jeová encarnado. Vejam:


“Nenhum homem viu a Deus; o deus unigênito, que está [na posição] junto ao seio do Pai, é quem o tem explicado” (Jo 1.18 – TNM). 

Na Bíblia Sagrada, está assim: “Deus nunca foi visto por alguém. O Filho [em algumas versões: “o Deus] unigênito, que está no seio do Pai, esse o revelou”.

Na TNM, o Filho é chamado de “o deus”. O artigo definido individualiza o Filho como o único da espécie. Mas esse critério não é universal. Pode mudar de acordo com as circunstâncias. Vale tudo para negar a divindade do Filho. Vejam:

“... e a Palavra era [um] deus” (Jo 1.1b – TNM). Por coerência, este versículo deveria afirmar que “a Palavra era [o] deus”. A duas declarações (Jo 1.1 e 18) fazem parte de um mesmo contexto. Afinal, o Filho é “um deus” ou “o deus”? Essa forma dúbia de traduzir/interpretar é vista também em outras expressões. Jesus é chamado de “O salvador do mundo”, em João 4.42, e de “Um Salvador”, em Lucas 2.11 (V. “A Bíblia das TJ Revela a Divindade de Jesus – III”). A confusão é geral. Afinal, temos dois deuses e dois salvadores? 

Se for “um deus”, o Pai teria criado muitos deuses, dentre os quais o Filho é um deles. Se é “o deus”, estamos diante de uma criação especial e única, específica e individualizada. Além dessa incoerência, há algo mais sério. A Sociedade Torre de Vigia (STV) declara-se biteísta, isto é, crê na existência de dois deuses: o Pai e o Filho, este “o deus” menor. Por que escrever um deus com inicial maiúscula e o outro com minúscula? As duas expressões são traduções da palavra grega theos. Não é uma forma honesta de negar a divindade do Filho. 

A STV declara que o Filho, o “deus unigênito” é o único que tem “explicado” o Pai. Contradiz o que Jesus disse: “Quem me vê a mim vê o Pai” (Jo 14.9) e “Eu e o Pai somos um” (Jo 10.30). Entre “revelar” e “explicar”, estas declarações estão mais para revelar. É confusa essa idéia de que o Pai criou um deus menor para que pudesse ser explicado (!?). A verdade é que no afã de distorcer versículos para justificar suas doutrinas, a STV cai em muitas contradições. É como o caçador que se precipita na própria armadilha. 

O termo “Trindade” não se encontra na Bíblia, mas o conceito que ela expressa é escriturístico. O Pai é reconhecido como Deus em grande número de passagens. Exemplos: João 6.27 – “o Pai, Deus, o selou”; 1 Pe 1.2 – “presciência de Deus Pai”. Jesus Cristo é reconhecido como Deus (Jo 1.1; 1.18; 20.28; Rm 9.5; Tt 2.13; Hb 1.8; 1 Jo 5.20; Cl 2.9; Fp 2.6, dentre outros). O Espírito é reconhecido domo Deus (At 5.3,4; 1 Co 3.16; 6.19; 12.4-6). Mas estamos mais interessados em examinar o que a TNM diz a respeito da divindade de Jesus e do Espírito Santo. Com isso, oferecemos aos seguidores da Sociedade a possibilidade de refletirem sobre tais questões. Que não se esqueçam da advertência do Senhor Jesus: 

“Portanto, eu vos disse: Morrereis nos vossos pecados. Pois, se não acreditardes que sou eu [Eu sou] morrereis nos vossos pecados” (Jo 8.24 – TNM). A STV alterou a passagem. Em vez de “EU SOU”, colocou “SOU EU”. Por acaso alguém estava duvidando de que Jesus era Jesus? Na verdade, Jesus estava falando da Sua igualdade com o Pai, da Sua eternidade. No mesmo capítulo, verso 58, Ele diz: “Antes que Abraão existisse, eu sou”, traduzido na TNM por: “Antes de Abraão vir à existência, eu tenho sido” (!?). Se as TJ não desejam ficar eternamente separadas de Jeová, num lugar de tormentos, devem acreditar na eternidade do Filho. Sobre o “Eu Sou”, leia “Quem é Jesus para as Testemunhas de Jeová”.

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