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domingo, 7 de fevereiro de 2010

VII - Deus proibiu adorá-lo por meio de alguns Instrumentos Musicais?

Parte VII
Deus proibiu adorá-lo por meio de alguns Instrumentos Musicais?
Resenha crítica sobre o texto "instrumentos de sopro, de cordas e de percussão, na adoração pela igreja", texto este, traduzido em março de 2000, por Valdenira N. De M.. Silva (hmenezes@di.ufpb.br)


COMENTÁRIO SOBRE O TEXTO TRADUZIDO POR VALDENIRA

O texto desta irmã começa com a seguinte pergunta: “Que é que a Bíblia ensina sobre como instrumentos devem ser usados na adoração?” Em toda a obra desta tradutora, faz-se menção dos instrumentos e das formas como usá-los como se Deus tivesse legalizado um “modelo de adoração” aos israelitas que deveria ser passado a todos os povos, de forma “legalista” e “inflexível”! Diante disto, não seria melhor mudar a pergunta inicial do texto de Valdenira para: Que é que a Bíblia ensina sobre como instrumentos devem ser usados na adoração ISRAELITA?

Paulo lutou tanto contra o “legalismo judaico”, e agora iremos nós retornar a ele? Vejamos! Sobre o formalismo dos cultos estabelecidos pelos “mestres judaizantes”, Paulo asseverou assim: “Ó gálatas insensatos! Quem os enfeitiçou? Não foi diante dos seus olhos que Jesus Cristo foi exposto ‘como’ crucificado? Gostaria de saber apenas uma coisa: foi pela ‘prática da Lei’ que vocês receberam o Espírito, ou ‘pela fé’ naquilo que ouviram? Será que vocês são tão insensatos que, tendo começado pelo ‘Espírito’, querem agora se aperfeiçoar pelo ‘esforço’ próprio?... Aquele que lhes dá o seu Espírito e opera milagres entre vocês, realiza estas coisas pela ‘prática da Lei’ ou ‘pela fé’ com a qual receberam a palavra?... Assim, os que ‘são da fé’ são abençoados junto com Abraão, ‘homem de fé’. Já os que se apóiam na ‘prática da Lei’ estão debaixo de maldição, pois está escrito: Maldito todo aquele que não persiste em praticar ‘todas as coisas escritas no livro da Lei’. É evidente que diante de Deus ninguém é ‘justificado pela Lei’, pois o justo viverá ‘pela fé’. ... Então, a Lei opõe-se às promessas de Deus? De maneira nenhuma! Pois, se tivesse sido dada uma lei que pudesse conceder vida, certamente a justiça viria da lei. ... Assim, a Lei foi o nosso ‘tutor’ até Cristo, para que fôssemos justificados ‘pela fé’. Agora, porém, tendo chegado a fé, já não estamos mais sob o controle do tutor. ... Digo porém que, enquanto o herdeiro é menor de idade, em nada difere de um ‘escravo’, embora seja dono de tudo. No entanto, ele está ‘sujeito a guardiães’ e ‘administradores’ até o ‘tempo determinado’ por seu pai. Assim também nós, quando éramos ‘menores’, estávamos ‘escravizados’ aos ‘princípios elementares do mundo’. Mas, quando chegou a ‘plenitude do tempo’, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido debaixo da “Lei’, a fim de ‘redimir os que estavam sob a Lei’, para que recebêssemos a adoção de filhos. ... Assim, você já não é mais ‘escravo’, mas filho... Mas agora, conhecendo a Deus, ou melhor, sendo por ele conhecidos, como é que estão voltando àqueles mesmos ‘princípios elementares’, fracos e sem poder? Querem ser escravizados por eles outra vez?... Mas o que diz a Escritura? Mande embora a escrava e o seu filho, porque o filho da escrava jamais será herdeiro com o filho da livre. Portanto, irmãos, não somos filhos da escrava, mas da livre.” (Gl. 3:1-3, 5, 9,10,21,24,25: 4:1-5,7,9 e 30).

A forma de culto judaico não pode nos valer como regra, pois se assim for, faltaria-nos muitos outros elementos (todos com valores simbólicos – Cl. 2:16,17) para podermos oferecer o culto prescrito pelo Antigo Testamento!

É claro que no Antigo Testamento, Deus colocou restrições muito firmes no uso de instrumentos! Israel vivia em volta de Nações pagãs e Deus não queria que os imitassem, principalmente porque os israelitas, por terem vivido 430 anos como escravos no Egito, não tinham ainda conduta própria, assim, para diferenciá-los, que era o intuito de Deus na escolha de Israel, não permitia imitar povos estranhos nos cultos! Porém, volto a frisar, a religião judaica era exclusivista e formal, não tinha caráter missionário transcultural, diferente da Igreja de Cristo e sua missão! Hoje, não vivemos mais “Leis” que servem como “símbolos”, mas sim, observamos a justificação que nos vem através da fé em Jesus Cristo (Rm. 4:1-25).

Não creio que podemos adorar a Deus de qualquer forma! Não! Isto seria “libertinagem” de minha parte! Porém, irmãos, criar uma formalidade na adoração a Deus, como quer Valdenira, é metermo-nos novamente debaixo do legalismo judaico! Ela diz, se referindo à adoração a Deus, que “adorá-lo diretamente é uma atividade especial e única, governada por regras e diretrizes, ambas especiais.” Mas, onde entra a “voluntariedade” do adorador se existe todo um formalismo preestabelecido (Rm. 12:1)?

Valdenira também faz a seguinte pergunta: “Foi a música caracterizada por forte ritmo?” E ela mesmo responde assim: “A idéia de que o foi é pura especulação.” Concordo com tal afirmação, mas, como já disse anteriormente, não há como comparar o culto da Igreja de Cristo – que vive o período da Graça, com o culto israelita – que viveu o período da Lei! É evidente que Deus não muda (Ml. 3:6)! Mas os períodos sim (Rm. 12:2)! A característica do culto de Israel era o formalismo e a representação, diferente do culto da Igreja de Cristo, que se caracteriza pela alegria e pela voluntariedade expressiva (I Co. 14:12,26,40). Pedro, um judeu que seguia todos os precitos judaicos, foi ensinado pelo próprio Deus que as proibições da Lei já haviam cumprido seu objetivo em Cristo, e que não necessitava-se mais de viver a formalidade legalista anteriormente experimentada por Israel (At. 10:9-16).

Outra coisa importante de corrigir, na obra traduzida pela Valdenira, é que os israelitas não diferenciavam o “governo político” de seu País de sua religião! Por isto, sua forma de governo, principalmente quando estavam dentro da vontade de Deus, era a do governo “teocrático”, onde Deus comandava diretamente o “rei” de Israel através dos profetas e sacerdotes. Foi até por isto que Davi foi quem conduziu a “Arca do Concerto” à Jerusalém juntamente com os sacerdotes! Samuel, por exemplo, foi: rei (juiz), profeta e sacerdote até a escolha de Saul! Os próprios judeus, confundiram-se quando veio Jesus, porque eles sempre viram seus líderes como líder religioso e político ao mesmo tempo, fato este que Jesus mostrou quando não aceitou ser coroado como líder político em Israel! Muita coisa não era permitida no Templo, mas, quando o véu foi rasgado, viu-se o lugar santíssimo, e hoje, o que não era feito na adoração judaica, fazemos com ousadia (Hb. 10:19-24)!

Concordo que a dança nunca foi permitida no culto do Antigo Testamento, e também, no Novo Testamento, esta era uma prática grega, apresentada nos cultos pagãos! Mas a dança é feita por seres animados, seres pensantes, diferente de instrumentos, que são inanimados (I Co. 14:7), por isto, dançar como forma de culto nunca foi e nem será permitido por Deus, mas agora, a questão de instrumentos é diferente! Deus não unge objetos, não unge maquinaria, mas unge pessoas que fazem uso de tais objetos! O objeto não santifica ou deixa de santificar o adorador, mas o adorador sim, tem como santificar ou deixar de santificar o objeto!

Deus não padronizou uma forma inflexível de adoração à Igreja de Cristo! Ter uma grande orquestra ou banda na igreja não é puro exibicionismo humano, como Valdenira concorda, mas sim, é uma demonstração de que todos querem participar de alguma forma do “óleo do Espírito” que é derramado sobre o povo de Deus (Sl. 133), e para tal, faz uso de variados tipos de instrumentos, que são usados para a honra e a Glória do Senhor (I Co. 14:7,8). O céu é um lugar onde existe e sempre existirá uma grande multidão louvando a Deus alegremente (Ap. 4:2-11; 7:9,10; 14:1-3; 19: 1-7).
Agora, dizer que “alegria tem que fluir natural e quase imperceptível do coração...” como o texto da tradutora aqui em apreço, é tirar do adorador toda a real felicidade oferecida por Deus através do louvor (Sl. 47:1), é distanciar o crente da adoração inteligente e voluntária (Sl. 47:7), é não permitir ao crente, oferecer um culto com a beleza e o agrado pessoal provindo do louvor (Sl. 147:1).

Deus não está procurando adoradores que seguem “certas restrições” legalistas e formais em Sua adoração! “No entanto, está chegando a hora, e de fato já chegou, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade. São estes os adoradores que o Pai procura.” (Jo. 4:23).

Estude com fé depois de ter terminado os seus estudos, envie seu questionário com as respostas devidas para o endereço de e-mail: teologiagratis@hotmail.com, se assim quiser, logo após respondido e corrigido o questionário, alcançando media acima de 7,5, solicite o seu Lindo DIPLOMA de Formatura e a sua Credencial de Seminarista formado, também poderá solicitar estagio missionário em uma de nossas igrejas no Brasil ou exterior traves da Federação Internacional das Igrejas e Pastores no Brasil ou Fenipe, que depois do Estagio se assim o achar apto para o Ministério poderá solicitar a sua ordenação por uma de nossas organizações filiadas no Brasil ou no exterior, assim você poderá também receber a sua Credencial de Ministro Aspirante ao Ministério de Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. Esta apostila tem 46 pagina boa sorte.

Sem nadas mais graça e Paz da Parte de Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo bons estudos.

Reverendo Antony Steff Gilson de Oliveira
Pastor da Igreja Presbiteriana Renovada de Nova Vida
Presidente da Federação Internacional das Igrejas e Pastores no Brasil ou Fenipe

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