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segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

V - PLANEJADOS PARA AGRADAR A DEUS

Parte V
PLANEJADOS PARA AGRADAR A DEUS

(Propósito da Adoração) “Uma vida com propósitos”


1- Introdução.

2- A grande questão da vida.
3- Deus nos fez por um motivo.
4- Planejados para agradar a Deus.
5- Adoração e Música.
6- Obstáculos à Adoração.
7- Conclusão.


1- Introdução


Nada é mais importante do que conhecer os propósitos de Deus para a nossa vida, e nada pode compensar o prejuízo de não conhecê-los. Rick Warren escreveu: “A maior de todas as desgraças não é a morte mais uma vida sem propósitos”. Sem propósitos a vida não tem significado, relevância ou esperança. Sem propósitos a vida é um movimento sem sentido, uma atividade sem direção e acontecimentos sem motivo. Sem propósitos somos como giroscópios, girando em um ritmo frenético sem jamais chegar a lugar algum. Sem propósitos, continuaremos a levantar domingo após domingo, vir a igreja, cumprir rituais religiosos e, muitas vezes, voltar vazio para as nossas casas; isso quando, não começarmos a mudar nossos rumos, relacionamentos, igreja e outras circunstâncias externas – na esperança de que cada mudança solucione a confusão e preencha esse vazio em nosso coração.

Por outro lado, conhecer os propósitos de Deus para nós, dá sentido a nossa vida, direciona a nossa vida, estimula a nossa vida, simplifica a nossa vida e nos prepara para a eternidade. Não há nada tão potente e realizador como conhecer os propósitos de Deus para a nossa vida e cumpri-los.

2- A grande questão da vida


- Por que eu existo?
- Qual o propósito da minha vida?
- Por que eu nasci?
Estas são perguntas que um dia todos nós já nos fizemos. A procura da resposta para essas perguntas tem intrigado as pessoas por milhares de anos, e muitas delas acabam morrendo sem descobrir a resposta. Isso porque normalmente essas pessoas, assim com nós, começamos pelo lado errado – nós mesmos. Este é o lugar errado para iniciar essa busca. Nós jamais descobriremos o propósito (sentido) da vida olhando para dentro de nós mesmos. Nós não criamos a nós mesmos, logo não há jeito de dizer para que fomos criados.


- Por onde começar?


Devemos começar em Deus. Tudo começa com Deus. Se nós quisermos saber por que fomos colocados neste planeta, deveremos começar por Deus, nosso criador. Nós nascemos de acordo com os propósitos de Deus e para cumprir os propósitos dEle. Nós fomos feitos por Deus e para Deus – e, enquanto não compreendermos essa verdade, a vida jamais terá sentido. É somente em Deus que descobrimos nossa origem, nossa identidade, o que significamos, nosso propósito, nossa importância e nosso destino. Deus é o ponto de partida. E Ele nos fez por um motivo.


3- Deus nos fez por um motivo


Nada na vida é casual – tudo foi feito em função de um propósito. Nós não somos um acidente. 
Nosso nascimento não foi um erro ou um infortúnio, e nossa vida não é um acaso da natureza. 
Nossos pais podem não ter-nos planejado mas Deus certamente o fez. Ele não ficou nem um pouco surpreso com nosso nascimento. Aliás, ele o aguardava. Muito antes de sermos concebidos por nossos pais, nós fomos concebidos na mente de Deus – Ele já pensava em nós antes de formar o mundo. Nós não estamos aqui por acaso, sorte, destino ou coincidência. Nós estamos aqui porque Deus quis criar-nos. Deus nunca faz nada por acaso, Ele não age de forma aleatória, e Ele nunca comete erros. Deus tem um motivo para tudo que Criou. Todas as plantas e animais foram planejados por Ele, e cada pessoa foi idealizada com um propósito. 

Então, afinal de contas: - Qual foi o propósito de Deus ter-nos criado?

A Bíblia diz em Rm 11:36: “Porque dele e por meio dele e para ele são todas as coisas [...]”. Esse mesmo versículo na Bíblia Viva diz assim: “Todas as coisas vêm única e exclusivamente de Deus. Tudo vive por seu poder, e tudo é para sua glória [...]”. 

Aqui está a resposta: “...para ele...” [para a Sua glória].

A razão de tudo o que existe, incluindo eu e você é demonstrar (refletir) a glória de Deus. Nós fomos criados para a glória de Deus. Na verdade, este é o objetivo fundamental de todo o universo: Demonstrar (refletir) a glória de Deus. Deus fez tudo para a glória dEle, desde a menor forma de vida microscópica até a via láctea. Tudo foi criado para a glória de Deus. Se não fosse a glória de Deus não haveria nada. 

Pois bem, uma vez que o propósito principal de Deus ter-nos criado foi a Sua glória, então, viver para glória de Deus (refleti-la) é a maior realização que podemos alcançar em nossa vida. Refletir a glória a Deus deve ser o objetivo supremo da nossa vida. 


Agora a questão é:



- Como podemos refletir a glória de Deus?


Qualquer coisa na criação reflete a glória de Deus (Glorifica a Deus) quando cumpre o propósito para o qual foi criado. Por exemplo, Os pássaros glorificam a Deus ao voar, gorjear (cantar), fazer ninho e ao realizar outras atividades próprias dos pássaros, conforme Deus planejou. Da mesma forma, eu e você, glorificamos a Deus quando cumprimos os propósitos para o qual Deus nos Planejou... Tudo glorifica a Deus quando cumpre o seu propósito. Deus estabeleceu vários propósitos para nós, mas eu gostaria de falar sobre o primeiro propósito para o qual nós fomos criados...Eu e você fomos planejados para agradar a Deus.


4- Planejado para Agradar a Deus


Agradar a Deus é o que chamamos de “adorar. ” Você e eu fomos planejados para adorar (agradar) a Deus. Deus não precisava criar eu e você, mas escolheu fazer-nos para a satisfação dEle. Nós existimos (fomos criados e planejados), primeiramente, para dar prazer à Deus – trazer alegria ao Seu coração. Esse é o primeiro propósito da nossa vida: Adorar (agradar) a Deus.
Uma vez que adorar (agradar) a Deus é o primeiro propósito da nossa vida, nossa mais importante tarefa é descobrir como fazer isso...

Existem diversas maneiras de adorarmos (agradarmos) a Deus... Nós adoramos (agradamos) a Deus quando...

...Amamos verdadeiramente Ele acima de qualquer coisa. Deus nos criou não apenas para sermos alvo do Seu amor, mas também para que correspondêssemos a esse amor, ou seja, Deus também nos criou para amá-lo. Apesar de suficiente em Si mesmo, Deus deseja o nosso amor, e quando O amamos isso traz uma enorme alegria ao Seu coração. Amar a Deus agrado-o profundamente. Amar a Deus deve ser o maior objetivo da nossa vida; nada se compara em importância. Jesus o chamou de o maior mandamento. Ele disse: “Ame o Senhor, o seu Deus, de todo o seu coração, de toda a sua alma e de todo o seu entendimento. Este é o primeiro e maior mandamento. ”

De um modo geral, o amor é um princípio que faz com que um ser moral queira outro, e tenha prazer nele. É isso que Deus deseja de nós: que tenhamos prazer Nele – que O amemos por aquilo que Ele é – que nos regozijemos com Sua pessoa. O amor que Deus deseja de nós, deve envolver tanto nossas emoções quanto o nosso intelecto, ou seja, Deus quer que nós O amemos tanto com o coração quanto com a cabeça. Foi por isso que Deus nos dotou de emoções, para que pudéssemos amá-lo com intensidade, e nos dotou de inteligência, para que pudéssemos amá-lo com entendimento e sabedoria. Porém, não podemos amar a Deus sem conhecê-lo. E para conhecê-lo devemos desenvolver um relacionamento com Ele.

...Temos um relacionamento íntimo com Ele. Eis o que Deus mais quer de nós: um relacionamento.
Essa é a mais espantosa verdade do universo. O nosso Criador, o Deus Todo-Poderoso, o Senhor de todas as coisas, anseia por ser nosso amigo – deseja ter um relacionamento íntimo com nós. É difícil imaginar uma amizade íntima entre um Deus perfeito e onipotente e um ser humano limitado e pecador. Mas a Bíblia diz que Deus zela ardentemente por um relacionamento conosco. Na verdade, este foi uma das principais razões para o qual Deus nos criou: para termos comunhão com Ele. E não há nada no mundo que dê tanto prazer à Deus quanto o nosso relacionamento (nossa amizade) com Ele. Deus diz: “Se alguém quiser se orgulhar, que se orgulhe de me conhecer e de me entender [...] Estas são as coisas que me agradam. ” 

A exemplo de qualquer amizade, nós devemos nos esforçar para desenvolver uma amizade com Deus. Isso não acontecerá por acidente. É necessário querer, ter tempo e energia. Nós jamais cultivaremos um relacionamento íntimo com Deus apenas indo à igreja uma vez por semana. Uma amizade com Deus é construída basicamente com três elementos: Palavra, Oração e Fé.? Palavra: É impossível ser amigo de Deus deixando de lado o conhecimento de quem Ele é, fez e disse. Não podemos conhecer a Deus sem conhecer a Sua Palavra – devemos estudar e meditar nela. A leitura da Bíblia não apenas nos revela mais sobre Deus, mas também nos mantém ao alcance da Sua voz, pois é através dela que Ele fala conosco.? Oração: Estabelecer uma amizade com Deus requer também que conversemos com Ele. É através da oração que falamos com Deus, que partilhamos com Ele todas as nossas experiências, necessidades e desejos.? Fé: Outro ingrediente essencial no nosso relacionamento com Deus é a fé. Não adianta lermos a Bíblia e orarmos se não cremos de fato que Deus está falando conosco ou nos escutando. A fé aprofunda a nossa amizade com Deus.
Quanto mais confiamos (cremos) na sabedoria de Deus, mais intensa a nossa amizade se torna. Não há nada – absolutamente nada – mais importante do que desenvolver uma amizade com Deus. Esse é o relacionamento que durará para sempre.

IMPORTANTE: Ter amizade com Deus só é possível por causa da graça de Deus e do sacrifício de Jesus. Nós fomos feitos para viver continuamente na presença de Deus, desfrutando de uma íntima e perfeita comunhão com Ele, mas após a queda do homem aquele relacionamento ideal foi perdido. 
Então, Jesus mudou a situação. Quando Ele pagou nossos pecados na cruz, o véu do templo, que simbolizava nossa separação de Deus, foi rasgado de cima para baixo; indicando que o acesso direto à Deus estava novamente disponível. É somente através de Jesus que podemos ter um relacionamento com Deus. Não existe outro caminho. 

...Usamos nosso tempo para ficar ao lado dEle. A importância das coisas pode ser medida pelo tempo que estamos dispostos a investir nelas. Quanto maior o tempo dedicado a alguma coisa, mais demostramos a importância e o valor que ela tem para nós. Se quisermos conhecer as prioridades de uma pessoa, devemos observar a forma como ela utiliza o seu tempo. Da mesma forma, se quisermos saber quanta prioridade Deus tem para nós – quanto nos importamos e valorizamos a Deus – basta observamos quanto tempo “passamos” com Ele. 

Um conceito errôneo bastante comum é de que “passar um tempo com Deus” significa estar sozinho com Ele. É claro que como no exemplo dado por Jesus, nós precisamos de um tempo a sós com Deus; é muito importante estabelecer o hábito de um momento diário consagrado a Deus, mas isso se refere somente a uma parte do período que nós passamos acordados. Tudo que nós fazemos pode ser “passar nosso tempo com Deus”, se Ele for convidado para tomar parte e nós estivermos conscientes de Sua presença. Hoje em dia, freqüentemente sentimos que precisamos “escapar” de nossa rotina para adorar a Deus; mas isso somente porque não aprendemos a praticar Sua presença durante todo o tempo. Praticar a presença de Deus nada mais é do que manter uma conversa contínua e ilimitada com Ele ao longo do dia, é incluí-lo em todas as atividades, todas as conversas, todos os problemas e até mesmo em todos os pensamentos. Em outras palavras é estarmos conscientes da Sua presença em tudo o que fazemos. Toda vez que praticamos a presença de Deus trazemos alegria ao Seu coração. 

...Nos entregamos totalmente a Ele. Entregar-se a Deus é conhecido de muitas formas: consagração, fazer Jesus o nosso Senhor, morrer para si próprio, submeter-se ao Espírito Santo, etc. Não importa como nós chamamos este ato, o que interessa é faze-lo. Pois isso agrada a Deus. 

O nosso maior exemplo de uma vida totalmente entregue a Deus é Jesus. Jesus viveu toda a sua vida aqui na terra em função de fazer a vontade do Pai, e não a sua. Ele dependeu do Pai, ofereceu-se ao Pai, viveu para cumprir os propósitos do Pai, rendeu-se aos planos do Pai e, acima de tudo, submeteu-se à vontade do Pai. Jesus foi modelo em tudo. Uma das passagens que mais reflete a entrega total de Jesus ao Pai, foi na noite anterior a crucificação quando ele orou: “Pai, tudo te é possível. Afasta de mim este cálice; contudo, não seja o que eu quero, mais sim o que tu queres. ” 

Porém, entregar-se a Deus não é um trabalho fácil. No caso de Jesus, Ele ficou tão angustiado com os planos de Deus que suou sangue. Em nosso caso, é uma intensa guerra contra nossa natureza egoísta e orgulhosa. Contudo, não existe nada mais poderoso do que uma vida entregue nas mãos de Deus. A vida de Josué é um exemplo disso. Quando Josué se aproximou da maior batalha da sua vida , ele deparou com Deus, prostrou-se em adoração perante Ele e entregou-se aos Seus planos. Tal entrega levou a uma esmagadora vitória em Jericó. Pessoas entregues a Deus são exatamente aquelas usadas por Deus. Willian Booth, fundador do Exército da Salvação, disse:“A grandeza do poder de um homem está na medida de sua entrega a Deus.” 

Entregar-se a Deus não é um tolo impulso emocional, mas um ato inteligente e racional; é uma atitude natural, em resposta ao maravilhoso amor e misericórdia de Deus. Nós nos entregamos a Deus não por medo ou obrigação, mas por amor, porque Ele nos amou primeiro. A maior expressão desse amor é a morte de Seu Filho por nós. Quando nos damos conta do que Jesus fez por nós na cruz, não existe outra coisa a fazer, a não ser nos entregarmos totalmente a Ele – vivermos para Ele. A entrega se manifesta mais claramente na obediência e na confiança.

IMPORTANTE: Todo mundo, com o tempo, se entrega a algo ou a alguém. Se não for a Deus, nós nos entregaremos às opiniões ou expectativas de outros, ao dinheiro, ao rancor, ao medo ou ao orgulho próprio, luxúria ou ego. Nós fomos feitos para adorar a Deus e, se fracassarmos em adorá-lo, criaremos outras coisas (ídolos) para os quais entregaremos a nossa vida. Entregar-se a Deus não é a melhor forma de viver, é a única maneira de viver. Todas as outras vias levam à frustração, decepção e autodestruição. Nós somos livres para escolhermos a quem nos entregaremos, mas não somos livres das conseqüências dessa escolha.

...Confiamos nEle completamente. Confiar em Deus é um ato de adoração. Assim como os pais se agradam dos filhos que confiam em seu amor e sabedoria, a nossa fé deixa Deus feliz. A Bíblia diz: “Sem fé é impossível agradar a Deus. ” Fé não é a presunção de que Deus fará o que desejamos. É a certeza de que Deus fará o que é melhor para nós. Confiar completamente em Deus é exatamente isso: crer que Ele fará o que é melhor para nós – mesmo que muitas vezes, essa confiança, não faça sentido para nós. Quando confiamos em Deus completamente fazemos Deus sorrir. A Bíblia diz: “O Senhor se agrada daqueles que o adoram e confiam no seu amor. ” Confiar em Deus está intimamente ligado ao conhecimento que temos dEle. Nós não iremos confiar completamente em Deus até que O conheçamos melhor.

...Obedecemos a Ele Incondicionalmente. Qualquer ato de obediência a Deus é um ato de adoração.
Obedecer a Deus é fazermos tudo o que Ele manda sem duvidarmos nem hesitarmos, e até mesmo, muitas vezes, sem compreendermos. Todo pai sabe que obediência atrasada é na verdade desobediência. Deus não nos deve explicação ou motivo para tudo que nos manda fazer. A compreensão pode esperar, mas a obediência não. A obediência imediata nos ensinará mais sobre Deus do que uma vida inteira de discussões bíblicas. Na verdade, nós jamais compreenderemos algumas ordens sem que as tenhamos obedecido primeiro. Nós também, freqüentemente, tentamos oferecer a Deus uma obediência parcial. Queremos escolher as ordens a que obedecemos. Por exemplo: “Vou à igreja, mas não vou dar o dízimo. Vou ler a Bíblia, mas não perdoarei à pessoa que me magoou”, e assim por diante. Todavia, obedecer parcialmente é também desobedecer. Por outro lado, quando obedecemos a Deus nós O agradamos. A Bíblia diz: “O que agrada mais ao Senhor: holocausto e sacrifícios ou obediência à sua palavra? É melhor obedecer do que sacrificar. ” A obediência agrada a Deus porque ela prova que realmente O amamos. Jesus disse: “Se vocês me amam, obedeçam aos meus mandamentos. ” Jesus também deixou bem claro que a obediência é também uma condição para obter intimidade com Deus. Ele disse: “Vocês serão meus amigos, se fizerem o que eu lhes ordeno. ”

...Vivemos com um coração cheio de louvor e ações de graça. Poucas coisas trazem uma alegria tão grande ao coração de Deus quanto isso – quando seus filhos vivem com um coração cheio de louvor e ações de graças. Davi sabia disso. Ele disse: “Louvarei o nome de Deus com cânticos e proclamarei a sua grandeza com ações de graças; isso agradará o Senhor. ” Gratidão a Deus é uma atitude básica na vida de adoração. É algo que deve ser praticado em todo o tempo e em todas as circunstâncias. A Bíblia diz: “Dêem graças em todas as circunstâncias, pois esta é a vontade de Deus para vocês em Cristo Jesus. ” Note que Deus nos manda dar graças “em” todas as circunstâncias, e não “por” todas as circunstâncias. Deus não espera que nós sejamos agradecidos pelo mal, pelo pecado, pelo sofrimento ou por suas conseqüências dolorosas neste mundo. Em vez disso, Deus quer que nós sejamos gratos por Ele usar os problemas que nos afligem para o cumprimento de seus propósitos. Por exemplo: Deus usa os problemas para trazer-nos mais para perto de Si, para desenvolver (moldar) o nosso caráter, para aprendermos a dar mais valor ao nosso próximo, enfim, é nisso que Deus quer que sejamos agradecidos. 

Porém, quando as circunstâncias não são agradáveis não é fácil vivermos com um coração cheio de gratidão. Quando isso acontecer devemos: 
a) Lembrar que Deus tem sempre um propósito por trás de cada problema.
b) Nos concentrar em quem Deus é, na sua natureza imutável – “as circunstâncias não podem mudar o caráter de Deus”. Deus é absolutamente imutável. Seu amor será sempre Seu amor, Sua bondade será sempre a Sua bondade, Sua fidelidade será sempre a Sua fidelidade, etc.;
c) Confiar que Deus cumprirá as promessas – “Nunca duvide na escuridão o que Deus lhe disse na luz”. Deus prometeu: “Eu jamais o abandonarei ou rejeitarei. ”. Por pior que pareça as circunstâncias que nos cercam, Deus sempre estará conosco;
d) Lembrar do que Deus já fez por nós – Ele entregou o Seu Filho para morrer por nós. Este é o maior de todos os motivos para adorar a Deus e vivermos com um coração cheio de louvor e ações de graças. Jesus morreu por nós para que pudéssemos ser poupados da eternidade no inferno e para que pudéssemos partilhar de Sua glória para sempre. Somente isso já vale o nosso agradecimento e louvor contínuo. Nós nunca mais deveríamos nos perguntar por que motivo deveríamos ser gratos.

...Honramos a Ele com a nosso viver. Apesar da nossa fé deixar Deus feliz, nós agradamos a Deus não somente pelo que cremos, mas também pelo que somos e fazemos. É isso que a Bíblia nos ensina: que a vida cristã não se limita apenas a credos e convicções; ela inclui conduta e caráter. Deus quer que tenhamos fé, porém Ele também está preocupado em que nos tornemos santos – que assumamos valores, atitudes e caráter iguais ao dEle, em tudo o que fizermos. A Bíblia diz: “[...] segundo é santo aquele que vos chamou, tornai-vos santos também vós mesmos em todo o vosso procedimento, porque escrito está: sede santos, porque Eu sou santo. ” Deus quer que o nosso viver seja um viver santo. Ele quer que a nossa fé vá mais fundo do que o “correto pensar” para chegar ao “correto agir” e ao “correto viver”. Em outras palavras, o que agrada ao coração de Deus, é o viver em santidade de vida.

IMPORTANTE: Adoração não é parte da nossa vida; ela é a nossa vida. Adoração não é algo que deve ser praticado apenas nos cultos da igreja, mas uma atividade constante. Adorar é um estilo de vida. A Bíblia diz: “Buscai o Senhor [...] buscai perpetuamente a sua presença. ” Adorar a Deus deve ser a primeira atividade, assim que abrimos os olhos pela manhã, e a última atividade, ao fechá-los à noite. Contudo, essas atividades só serão transformadas em atos de adoração se as fizemos para louvar, glorificar e agradar a Deus. Toda atividade se torna adoração quando dedicamos a Deus. Este é o segredo de um estilo de vida em adoração – fazer todas as coisas como se fossem para Jesus. 

...Somos nós mesmos. Nós não agradamos a Deus somente quando estamos envolvidos em atividades “espirituais” – tais como ler a Bíblia, assistir aos cultos na igreja, orando ou compartilhando a nossa fé. Deus não é indiferente às outras áreas da nossa vida. Na verdade, Deus gosta de atentar para cada detalhe dela, esteja nós trabalhando, brincando, descansando ou comendo. Deus tem prazer até mesmo em observar o nosso sono. Quando estamos dormindo, Ele fica a nos contemplar com amor, pois nós fomos idéia dele. Nenhuma outra criatura proporciona tanto prazer ao coração de Deus como nós. Porém, Deus gosta especialmente de observar-nos enquanto nós utilizamos os talentos e habilidades que Ele nos deu. Deus intencionalmente nos dotou de maneira distinta para o seu deleite. Ele fez que alguns fossem atléticos e outros fossem intelectuais. Nós podemos ser talentosos em mecânica, matemática, música ou em milhares de outras habilidades, e todas elas podemos trazer alegria a Deus. Nós não agradamos a Deus escondendo nossas habilidades ou tentando ser outra pessoa. Nós agradamos a Deus sendo nós mesmos. Sempre que desprezamos uma parte de nós mesmos estamos desprezando a soberania e a sabedoria de Deus ao criar-nos. 

IMPORTANTE: Quando adoramos (agradamos) a Deus, Ele está mais preocupado com a postura (atitude) do nosso coração e com a nossa paixão e empenho, do que com forma ou o meio que utilizamos para expressar a nossa adoração. Podemos adorar a Deus de modo imperfeito, mas não podemos adorá-lo sem sinceridade em nosso coração. Nossa adoração deve ser autêntica.


5- Adoração e Música


Para muitas pessoas adorar é apenas sinônimo de música. Esse é um grande mal-entendido. Na verdade, a adoração é anterior a música. Adão adorou no jardim do Éden, mas não há nenhuma menção de música antes de Gênesis 4:21, com o nascimento de Jubal (este foi o pai de todos os que tocam harpa e flauta). Se adoração fosse somente música, então os que nunca se utilizaram da música jamais adoraram. Adoração é muito mais do que música. Como vimos, a adoração é um estilo de vida.

- Então, por que, em nossos cultos, usamos mais freqüentemente a música para expressar a nossa adoração a Deus? - 

O motivo é que a música torna mais agradável a maneira de nos expressarmos ao Senhor. Mas ela não é a única forma. Todos os momentos do culto são um ato de adoração: a oração, a leitura da Bíblia, os cânticos, os testemunhos, as ofertas, etc.

Adoração também não tem relação nenhuma com o estilo, volume ou andamento da música. Deus ama todos os tipos de música – rápidas e lentas, altas e suaves, antigas e modernas. É provável que nós não gostemos de todas, mas Deus gosta! Se ela é oferecida a Ele em espírito e em verdade, então é um ato de adoração. O estilo musical que nós preferimos diz mais sobre nós (nossa personalidade e formação cultural) do que sobre Deus. A música de um grupo étnico pode soar barulho para outro. Mas Deus gosta de diversidade e aprecia a todas.

IMPORTANTE: Não existe música sagrada ou música profana. O que faz uma música ser sagrada ou profana é a letra contida nela, ou seja, sua mensagem, e não o seu estilo, ritmo ou melodia. Por exemplo: se eu tocasse uma música sem a letra, não haveria como saber se é uma canção cristã ou não.


6- Obstáculos à Adoração


Naturalmente porque adoração é algo que alegra tanto o coração de Deus, enfrentaremos obstáculos para que a verdadeira adoração aconteça. É bom estarmos atentos, porque é um tema que incomoda o inimigo das nossas almas. Os obstáculos podem ser:

Incoerência de vida. 

Exterioridade e Tradicionalismo.

Amargura.

Rotina/Ritual.

Mundanismo.

Pecados não confessados.

Ingratidão.

Preguiça e Negligência

Desinteresse.

Orgulho e soberba.

Falta de conhecimento de Deus.

IMPORTANTE: Nos dias de hoje, o erro mais comum que os cristãos cometem ao adorar é buscar uma “experiência” em vez de buscar a Deus. Eles buscam sensações e, se elas ocorrem, concluem que foram bem sucedidos em adorar. Errado! Na realidade, Deus em geral afasta as nossas sensações para não dependermos delas. Buscar uma sensação – mesmo uma sensação de proximidade com Cristo – não é adoração. A onipresença de Deus e a manifestação de sua presença são coisas diferente. Uma é um fato; a outra é freqüentemente uma sensação. Deus está presente, mesmo que nós não percebamos Sua presença. Sim, Deus quer que nós sintamos a sua presença, porém ele está mais interessado em que confiemos e não tanto que O sintamos.


7- Conclusão


Deus nos fez por uma razão, e a nossa vida tem um profundo significado. Nós fomos criados para viver para a glória de Deus, cumprindo os propósitos que ele estabeleceu para nós. Essa é realmente a única forma de viver. Todo o resto é apenas existir.
No cenáculo, quando Jesus concluiu seu último dia de ministério junto aos discípulos, ele lavou os pés deles como exemplo e disse: “agora que vocês sabem estas coisas, felizes serão se as praticarem. ” Então, uma vez que sabemos o que Deus quer que façamos, a benção vem quando nós colocamos em prática o que aprendemos. Agora que aprendemos que primeiro propósito de Deus para nós, é vivermos para agradá-lo (adorá-lo), a questão é:
- De que maneira eu devo viver para trazer alegria ao coração de Deus?

- Quanto prazer (alegria) Deus pode ter na minha vida?

Quero terminar compartilhando uma pequena frase de Atos 13:36: “Pois Davi [...] serviu aos propósitos de Deus em sua geração. ” Ao ler esta frase podemos compreender por que Deus chamou Davi de “homem segundo o seu coração. ” Davi dedicou a vida a cumprir os propósitos de Deus na terra. Não existe maior epitáfio (inscrição tumular) que essa declaração! Imagine isso esculpido na sua lápide: que você serviu os propósitos de Deus na sua geração. Essa frase é a descrição definitiva de uma vida bem vivida. Uma vida com propósito trata exatamente disso: Viver hoje (em nossa geração) para Deus. Nem as gerações passadas, nem as futuras podem servir a Deus nesta geração. Somente nós podemos. Finalizo perguntando:

- Você está disposto a ser um homem segundo o coração de Deus, cumprindo os propósitos dEle em sua geração? 


Fonte

Giroscópio é um aparelho para provar experimentalmente o movimento de rotação da terra.
Colossenses 1:16-17.
Provérbios 16:04.
Colossenses 1:16b; Romanos 11:36.
Efésios 1:4a.
A Glória de Deus é aquilo que ele é. É a essência de sua natureza, o peso de sua importância, o valor da sua dignidade, o brilho de seu esplendor, a demonstração de seu poder e o ambiente de sua presença. A Glória de Deus é a expressão de sua bondade e de todas as suas outras qualidades intrínsecas e eternas.
Qualquer tentativa de definir adoração será falha, devido ao enorme significado que ela abrange. Seriam necessários vários livros para abordar tudo que precisamos compreender a respeito da adoração. Porém, de acordo com a Bíblia, o sentido básico da adoração é agradar a Deus.
Apocalipse 4:11.
Mateus 22:37-38 - Nova Versão Internacional, São Paulo: SBI / Vida, 2001.

Êxodo 34:14 - New Living Translation, Wheaton: Tyndale House Publishers, 1996.

Jeremias 9:24 - Nova Tradução na Linguagem de Hoje, Barueri: Sociedade Bíblica do Brasil, 2000.
2 Corintios 5:18a.
Mateus 27:51; Hebreus 10:19,20
João 14:6.

João 5:30b; 6:38

Marcos 14:36 - New Living Translation, Wheaton: Tyndale House Publishers, 1996.

Lucas 22:43,44

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