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segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

MALDIÇÃO E NOVA ALIANÇA

MALDIÇÃO E NOVA ALIANÇA



O problema da maldição não é a palavra em si. À luz do Novo Testamento, o problema da maldição é o sentimento que a provoca. Jesus abordou esse assunto quando, no Sermão da Montanha, disse: "Todo aquele que se encolerizar contra seu irmão será réu de juízo" (Mt 5.22a). É o sentimento, pois "Todo aquele que disser a seu irmão: Raca (terrível palavra na língua aramaica), será réu diante do sinédrio; e quem lhe disser: Tolo (imbecil), será réu do fogo do inferno" (Mt 5.22b), porque por trás dessas palavras está o sentimento que faz com que elas sejam pronunciadas. O problema é o coração, a consciência, a mente que planeja e executa. E aqui está a palavra de Jesus: " Raça de víboras! como podeis vós falar coisas boas, sendo maus? pois do que há em abundância no coração, disso fala a boca" (Mt 12.34). E, naturalmente, isso vale para a bênção (1Jo 3.18)! Palavras de bênção ou de maldição em si não são absolutamente coisa alguma segundo ensina Tiago:

"Se um irmâo ou uma irmã estiverem nus e tiverem falta de mantimento cotidiano, e algum de vós lhes disser: Ide em paz, aquentai-vos e fartai-vos; e não lhes desdes as coisas necessárias para o corpo, que proveito há nisso?" (2.15,16).

Assim, para quem está em Cristo, para quem é nova criatura, maldição, condenação, juízo não mais existem! E, realmente, não mais existem por causa da cruz de Jesus Cristo:

"Em verdade, em verdade vos digo que quem ouve a minha palavra, e crê naquele me enviou, tem a vida eterna e não entra em juízo, ma já passou da morte para a vida" (Jo 5.24); 

"Portanto, agora nenhuma condenção há para os que estão em Cristo Jesus" (Rm 8.1).

Cristo redime da maldição todo o que nEle crê, sendo Ele mesmo feito maldição por nós, de acordo com Gálatas 3.13:

"Cristo nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se, fazendo-se maldição por nós; porque está escrito: Maldito todo aquele que for pendurado no madeiro". 

Cristo levou o símbolo da maldição quando na Sua cabeça foi posta uma coroa de espinhos (Mt 27.29). É esse evangelho que traz a bênção! No entanto, para quem prega um falso evangelho, deturpado, sem coroa de espinhos, sem Calvário, sem dor, para esse há sempre e sempre uma maldição. Lemos na Escritura:

"Mas, ainda que nós mesmos ou um anjo do céu vos pregasse outro evangelho além do que já vos pregamos, seja anátema (maldito). Como antes temos dito, assim agora novamente o digo: Se alguém vos pregar outro evangelho além do que já recebestes, seja anátema (maldito)" (Gl 1.8,9).

Não! Jesus Cristo não fez trabalho pela metade! Pensar assim, equivale a dizer que Ele salva, mas não batiza no Espírito Santo; que nos resgata da maldição, mas continuamos tendo na alma, nos ombros, em cada fibra moral, espiritual e física as maldições dos antepassados! Não! Jesus Cristo faz a diferença, e essa maldição foi quebrada pelo perdão de Deus em minha vida, em sua vida; pelo perdão meu àqueles que me ofenderam (cf. Rm 12.14); pelo amor, portanto (Mt 5.44; Cl 3.13). É exatamente o contrário da Antiga Aliança que diz, "Amaldiçoado seja quem te amaldiçoar'(Gn 12.3), enquanto a Aliança da Graça diz, "Abençoado seja quem te amaldiçoar" (Lc 6.28). Sim; porque Jesus Cristo faz a enorme diferença!

"Quebrar a maldição" pela cruz não significa, porém, que após mim vem uma geração de não-pecadores. Pois mesmo na genealogia de Jesus, encontramos uma Raabe (ex-prostituta de Canaã), mãe de Boaz; encontramos Rute (ex-idólatra de Moabe) que casou-se com Boaz, sendo os pais de Obede, avô de Davi, de quem descendeu Jesus, o Cristo. Mas também de Davi descendeu Absalão. Davi era um salvo, mas dele veio um rebelde que trouxe juízo para si (cf. 2Sm 15); um que foi conspirador, polígamo e idólatra (1Rs 2.11); e Roboão, neto de Davi, era ímpio, e não deu ouvidos aos bons conselhos, tendo dividido o reino (1Rs 14.21), e Abião, bisneto de Davi, ímpio (1Rs 15.1-8).

No entanto, Asa, irmão de Abião, foi reto aos olhos de Deus (1Rs 15.9ss), e Jesus descende de Davi pela linha de Salomão, Roboão, Abias, Asafe, Josafé, Jorão, e outros.

Quem vive nesse esforço de "quebrar maldições hereditárias" de crentes em Jesus Cristo, melhor faria em pregar o evangelho para fazer discípulos, porque Jesus nunca ensinou que deixaria Sua missão incompleta! Pelo contrário, observo a palavra de Deus em Jesus Cristo dizendo: "A minha comida é fazer a vontade daquele que me enviou, e completar a sua obra". Mais adiante dirá:). E, finalmente, depois de ter tomado vinagre na cruz: "Está consumado (Pronto, Meu Pai, acabei de fazer tudo o que Eu tinha de fazer para a salvação de todo aquele que crê..) 

Irmão querido, amada irmã, você já saiu do reino das trevas para a maravilhosa luz! As trevas da maldição já foram espantadas pela luz do evangelho do reino, como bem o declarou 1Pedro 2.9.Realmente, todo o poder está em Cristo, todo o poder está com Cristo, e todo o poder é de Jesus Cristo (Mt 28.18). Essa autoridade, esse poder foi conquistado na cruz e na ressurreição. E Paulo o diz tao bem: "e, tendo despojado os principados e potestades, os exibiu publicamente e deles triunfou na mesma cruz" (Cl 2.15). Sim, na cruz a nota promissória que devíamos ao Agiota-mór foi paga por Jesus Cristo: "e havendo riscado o escrito da dívida que havia contra nós nas suas ordenanças, o qual nos era contrário, removeu-o do meio de nós, cravando-o na cruz" (Cl 2.14).

O problema é que se confunde maldição com efeitos do pecado, por isso que diz a Escritura: "Pois quem faz injustiça recebrá a paga da injustiça que fez; e não há acepção de pessoas" (Cl 3.25). Se um homem tem uma vida desregrada, estragada, prejudicada no pecado, e pega uma sífilis, vai passá-la aos filhos. Pecado não se transmite como uma herança maldita, mas os efeitos do pecado, sim. Um homem de vida impura, degenerada, dissoluta vai levar sífilis ou a AIDS para casa. Um ambiente degenerado vai trazer à luz filhos degenerados porque isso é sistêmico. O Pr. Ricardo Gondim (p.116) lembra que se as maldições familiares se transmitissem automaticamente (Ex 20.5), também as bençãos do verso 6 deveriam ser automáticas. No entanto, a fé não salva automaticamente a geração seguinte. Ezequiel 18, texto nunca comentado pelos teólogos das maldições hereditárias, nos assegura no verso 20 que esse capítulo (o das herança das maldições) é má interpretação da palavra de Deus. E se o irmão amado, minha irmã querida crê em 1João 1.9 ("Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados, e nos purificar de toda a injustiça"), fiel é o Senhor para perdoar maldições e desgraças todas no passado e nos purificar de toda injustiça, e não precisa viver ansioso, nervoso, neurótico, assustado, "quebrando" infinitas maldições até a vigésima geração antes do irmão, porque quando Jesus Cristo o perdoou, você foi purificado, você foi tornada pura, minha irmã, por esse sangue de Jesus Cristo na cruz . 

Agora, a ordem que temos é a de Efésios 4.27: "nem deis lugar ao Diabo", para que não me exponha deliberada e conscientemente ao pecado e me torne vulnerável ao Inimigo-de-nossas-almas (cf. Hb 3.13). -roma N (0 a confecção das árvores genealógicas para batismo visando à salvação dos parentes falecidos! No terreno do romanismo, é de se indagar se já estamos fazendo orações por quem está no purgatório! Visto que parece estar sendo criado um tipo de purgatório evangélico com essa idéia de quebrar pecados e maldições, pedindo perdão a Deus por pecados praticados pelos antepassados?! 


Um dos teólogos das maldições afirma que se alguém orar por três ou quatro gerações e não der certo (???), se não conseguir quebrar a maldição (como vai saber se a maldição do tio-avô foi quebrada?), ele diz: "Quando um fenômeno parece resistir à quebra de uma maldição, vá a quinze ou vinte gerações". Isso é complemente fora de sentido! Observe-se que mesmo que se "quebrem" as maldições, há outros descendentes dos antepassados (tios, irmãos, primos) nos quais os problemas vão permanecer. E como explicar?


Aqui uma Fórmula para quebrar maldições 


"Em nome de Jesus Cristo, eu repreendo, quebro e liberto a mim mesmo e minha família de qualquer e todas as maldições malignas, feitiços, encantamentos, bruxarias, magias, todo azar, todos os poderes psíquicos, fascínio, feitiçaria, poções amorosas, e orações psíquicas que têm sido postas sobre nós até dez gerações atrás em ambos os lados da minha família.

"Quebro e liberto a mim mesmo de espíritos associados ou relacionados a qualquer pessoa ou pessoas, a qualquer fonte de ocultismo ou psíquica. Eu te peço, Pai Celeste, que os faça voltar a quem nos enviou! (Gn 12.3,28; 27.29; Dt 30.7; Sl 109.17-19). Que quem ama a maldição a receba em si mesmo".



Pronto! Acabamos de virar pai-de-santo evangélico, babalorixá cristão, e discípulo de Cristo amaldiçoador, quando ensina a palavra de Deus:

"Abençoai aos que vos perseguem; abençoai, e não amaldiçoeis" (Rm 12.14);

"Finalmente, sede todos de um mesmo sentimento, compassivos, cheios de amor fraternal, misericordiosos, humildes, não retribuindo mal por mal, ou injúria por injúria; antes, pelo contrário, bendizendo; porque para isso fostes chamados, para herdardes uma bênção" (1Pe 3.8,9);

"Bendizei aos que vos maldizem, e orai pelos que vos caluniam" (Lc 6.28; cf. 1Co 4.12).

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