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quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

VIII - Ética Ministerial

Parte VIII

Ética Ministerial
Introdução

Autor(a): PROF. JOSIAS DOS SANTOS BATISTA JUNIOR

Mestre em Teologia, com área de Concentração em Teologia Sistemática, pela FTBSP (Faculdade Teológica Batista de São Paulo) e Bacharel em Teologia pela FAESP (Faculdade Evangélica de São Paulo). E-mail: juniorbat@gmail.com

OBS.: Escrita em forma de tópicos porque está preparada para aula expositiva.

Muitos pensam que o ministério eclesial, são apenas títulos outorgados a pessoas, por seus méritos, conquistas e capacidades próprias.

Esquecem-se que a VOCAÇÃO é o requisito fundamental para o bom ministro de Deus!

Hoje, percebe-se uma “crise funcional” em algumas igrejas, ou seja, pessoas fazendo o que é certo, nos lugares errados, no cargo errado e da forma errada.
Fazemos este estudo, não para confrontar os nossos obreiros, pois temos grande estima por todos, e cremos em suas chamadas.

Na realidade, o que se quer com este trabalho, é conscientizarmo-nos do que Deus quer de cada um de nós, quando somos chamados ao ministério.

O nosso grande desejo, é que possamos fazer a obra de Deus com “sucesso”.

E, quando diz-se sucesso aqui, usa-se este termo num sentido inteiramente sacro!
Ou seja, para nós, servos do Altíssimo, “sucesso” é estar no lugar correto, no momento exato, na função certa, fazendo aquilo que Deus quer e como Ele deseja.

I. MINISTÉRIO LOCAL

O que se quer designar com “Ministério Local”?
Ministério local são as atividades exercidas por intermédio de cargos e funções, outorgadas à pessoas, que fazem uso de suas habilidades vocacionais para o bom serviço local da igreja.

Ou seja, é o cargo ocupacional que beneficia os membros.

Segundo o dicionário, ministério é “mister; cargo; profissão; poder executivo ou o governo”.

Por conseguinte, ministro é “aquele a quem se incumbe um cargo ou função”.
Então, definindo, ministério local é a função ocupada por pessoas vocacionadas para tal, e a boa administração desta.

1. Ética

Ética é a “parte da filosofia que estuda os deveres do homem para com Deus e a sociedade.
Esta característica, ressalta a importância do bom relacionamento entre os ministros e os membros que estão sob o seu ministério.
Quando falamos em ética, falamos da boa educação dos líderes.
A ética tem tudo a ver com a sabedoria, pois a ética é a exteriorização da sabedoria.
O líder que não age com educação e respeito para com os seus subordinados, não pode dizer que possui sabedoria divina!
O ministro deve saber que:

a) Autoridade não se impõe, se conquista;
b) A autoridade não está sobre a pessoa, mas sobre a sua ocupação;
c) Não somos donos da vida de ninguém, mas sim, conselheiros;
d) Não se faz alguém submisso por intermédio do medo pela posição do líder ou por juízos divinos;
e) A ocupação não é para o benefício pessoal, não é para o ocupante, mas é para o benefício da igreja.

O bom obreiro sabe que não se cumprem ordens absurdas!
É preciso exigir de cada um, o que cada um pode dar.

Pois a autoridade repousa sobre a razão.

Assim, como nos é dito nos cursos de direito: “Requisita quem pode e requer quem pede.”

Deus “tudo pode”, então, Ele requisita; nós, como ministros SOB o Poder de Deus, apenas requeremos SOB a requisição dEle.

As pessoas não começarão a fazer algo apenas porque “eu” quero, mas porque foram conscientizadas de que é a vontade de Deus, e que é o melhor para elas mesmas.

Assim, todos estarão espontaneamente fazendo o que você pede, sem o famoso “autoritarismo”.

Tudo isto depende do grau de influência que você exerce sobre as pessoas.

O bom obreiro influencia sem forçar.
E, se quiser ser um influenciador em potencial, deve mostrar-se necessário à vida das pessoas que lideram.

A palavra grega “diakonos” é muitas vezes traduzida por “ministro” ou “servo”.
Na verdade, este termo grego significa mais do que isto, pois a língua grega faz uso de três palavras distintas para referir-se ao testemunho de alguém!

MARTIRÍA = Testemunhar com a própria vida;
KOINONÍA = Testemunhar através da comunhão;
DIAKONÍA = Testemunhar através do serviço.

O obreiro deve fazer uso das três formas de testemunho para ser ético.
Assim sendo, todas as exigências diaconais contidas na Bíblia, direciona-se a todos os obreiros da Casa de Deus!
A Bíblia pede para que o obreiro seja “cheio do Espírito Santo” (At. 6:3).
Mas, aqui surge-nos uma grande pergunta: “o que é ser cheio do Espírito Santo?”

É o simples fato de falar em línguas?
É pular, profetizar, fazer barulho?
Não! Nunca foi segundo a Bíblia!
Vejamos que, após o derramamento de poder, em Atos 2:42, as pessoas cheias do Espírito Santo, tinham características especiais, que são:

Perseveravam na doutrina – obedeciam à autoridade devidamente constituída;
Na comunhão – amor fraterno;
No partir do pão – reuniam-se regularmente nos cultos;
Na oração – dependiam exclusivamente de Deus.

A pessoa cheia do Espírito Santo, mostra frutos disto pela sua conduta, e não pelo seu “barulho”.
Nunca pense que o bom obreiro é o mais “gritão” ou o mais “pulão”!

Não é pelos dons alcançados que se mede a capacidade ministerial de uma pessoa, mas pelo fruto do Espírito sendo desenvolvido em sua vida (Gl. 5:16).

Não Dado a Muito Vinho (I Tm. 3:8).
Creio até ser sem necessidade demorarmo-nos neste ponto, pois só um insensato poderia achar que bebida alcoólica tem alguma coisa de bom para o Templo do Espírito Santo – nosso corpo.
Diz a medicina que nosso corpo precisa de doses diárias de vitaminas que o álcool contém, porém, não se faz necessário tomarmos bebidas alcoólicas para isto, é só balancearmos nossa alimentação, pois em algumas delas, já vem o que necessitamos para nossa saúde.
Irmãos, não useis coisas vãs para dar ocasião ao pecado! As culturas são variadas, então, como brasileiro, devo seguir a cultura evangélica brasileira!
Aqui fala para não sermos dados a MUITO vinho, referindo-se a que podiam beber um pouco. Mas, o vinho ao qual a Bíblia se refere, é o suco da uva natural, não fermentado.
O vinho para os hebreus é como o café para nós.
Nunca deve querer alcançar outros cargos por preços impostos ou lisonjas.
Devem Ter Esposas Exemplares (I Tm. 3:11).
Não adianta o obreiro ser uma benção e a mulher uma perdição.
A esposa do obreiro não deve ser maldizente, murmurenta, faladora da vida alheia, apressada em ir embora, etc.
Devem ser fiéis em tudo, passando confiança ao marido.
Marido de Uma Só Mulher.

Na época, haviam os que eram favoráveis à poligamia, por causa da influência grega, e por isto, Paulo exorta-os a que tenham UMA SÓ ESPOSA.
A esposa é a adjutora, a assistidora, a AJUDADORA, o braço direito do marido.
Quantos obreiros que acabam, às vezes sem perceberem, aderindo à poligamia colocando outras mulheres, que não são a sua, como secretárias pessoais de seu ministério, dando a honra da sua esposa a outra mulher!?
E o pior, é que isto é falta de vigilância sexual, pois assim, estaremos “procurando casca de banana para escorregarmos”.

Temos também aqui, implicitamente, a exigência da atenção à esposa!

Ou seja, há uma só esposa para o obreiro, que é a com quem ele se casou literalmente.
A sua esposa não é a igreja, o ministério, etc., mas a mulher a quem Deus colocou ao seu lado.

Existe uma frase que diz: “atrás de um grande homem, tem sempre uma grande mulher”.

Mas, percebemos pela Bíblia e pela prática, que não é atrás do grande homem que tem uma grande mulher, mas sim, AO LADO.

Ser é mais do que ter.
Nunca diga: “quando eu for, farei isto ou aquilo”, pois isto só demonstra a sua dependência a uma carteirinha.
A carteirinha vem por reconhecimento de serviços prestados, ou seja, a carteirinha não é CONHECIMENTO, mas, RECONHECIMENTO.

2. Responsabilidades Éticas do Obreiro Para Com a Comunidade Local

O obreiro (principalmente o diácono), deve cuidar da ordem no culto.

Não digo ser simplesmente porteiro, mas sim, que cuide de todos os pontos possíveis da igreja – isto conta a portaria, mas não significa que seja porteiro.
O obreiro mantém estes vários pontos em ordem, para que o culto tenha um andamento perfeito.
O obreiro que está na nave da igreja é o que se preocupa com o barulho diferente no corredor da igreja, com o muito andar no momento do culto, com o cheiro de queimado em algum lugar, etc.
Enfim, ele é o que deixa os pastores preocupados só com a Palavra;

Tem que estar apto a auxiliar no culto, na falta do presbítero ou mesmo do pastor.

Deve estar também sempre preparado para uma eventual oportunidade ou até mesmo para a mensagem da noite – pode ser que não dê para o pastor avisá-lo antecipadamente!
O obreiro só não deve ministrar a Ceia do Senhor, se não for presbítero, evangelista ou pastor – salvo por uma eventualidade e com a permissão do ministério.
No caso do uso do óleo da unção e da Benção Apostólica, seguir o exposto acima.

Devem sempre estar bem vestidos.

O obreiro que auxilia de pé, é a porta de entrada da igreja – assim como os cooperadores que ajudam na portaria.
É aquele que sempre está em pé, à vista de todos – procure o obreiro estar em pé sempre (salvo os que atendem ao lado do púlpito).
É honroso ao obreiro estar sempre se portando socialmente.
E ainda, ser bem asseado, com roupas limpas, cheirosas e bem passadas, cabelos bem penteados e cortados, unhas limpas (imagine você pegando o pão da Ceia e ver as unhas sujas do obreiro próximas do pão!), e dentes escovados (é ridículo conversar com um obreiro que tem um mau-hálito terrível!).
É importante ao obreiro ir ao banheiro da igreja, antes do culto, e se olhar no espelho, para ver se está tudo nos conformes consigo mesmo.
Isto é zelo.

Espera-se também que o obreiro que atende na portaria, seja alguém receptivo, bem humorado, e que saiba resolver os problemas na hora do culto, sem chamar a atenção para si.
Outra coisa muito importante para se informar é que, não é ético o obreiro recolher a oferta e, dentro da nave da igreja ou em um canto qualquer, “enfiar” a mão na salva para ficar pegando troco.

Separe os trocos na sala onde for contado o dinheiro (tesouraria), daí sim, saia distribuindo-o para as respectivas pessoas.
Se não conseguir gravar todas as pessoas que lhe pedem troco, ande com um bloco de anotações, e marque quem te pedir troco, e o valor de cada um.
Isto facilita, dá ordem, segurança e embeleza a obra de Deus.
Para facilitar, pede-se para os cooperadores recolherem as ofertas iniciando de um ponto onde ele vá de encontro à tesouraria quando chegar ao último irmão.
Aconselha-se também aos dirigentes a orarem com toda a igreja, juntamente com os diáconos, antes de se recolher os dízimos e ofertas.

- Assim, quando acabarem de recolher, não precisarão orar sozinhos em um canto qualquer da igreja, e também poderão ir juntos à tesouraria.
- É importante contarem o dinheiro em no mínimo duas pessoas e assinarem juntos o valor total em um comprovante a ser entregue ao pastor – faça-se isto logo após o recolhimento.

Pede-se aos obreiros (e cooperadores que estão de pé, auxiliando), que não andem para cima e para baixo com a Bíblia na mão.

Pois devem estar com ambas as mãos livres para alguma eventualidade.
Coloque a Bíblia em um lugar onde você possa vê-la e fique atento ao seu redor.
Quando estiverem todos orando, o obreiro que está servindo como diácono deve estar também orando, mas com os olhos abertos – “Olhai, vigiai e orai...” (Mc. 13:33).
Quando forem fazer algo e um grupo estiver cantando com o (a) regente à frente, não passe pela frente do (a) regente, nem se for abaixado, é falta de ética!

O presbítero deve ser “o braço direito” do pastor, e na falta deste, o presbítero pode e deve dirigir a igreja, cumprindo todas as funções pastorais.

Isto inclui a Ceia do Senhor, a Benção Apostólica, o uso do Óleo da Unção, etc.

Consequentemente, exige-se do presbítero, que saiba ensinar, que seja comunicativo e que tenha um conhecimento aprofundado da Palavra de Deus.
O obreiro deve valorizar a família e administrar bem o tempo, para que possa dar atenção aos seus.

Se assim não fizer, para Deus, ele está em condição pior que a do infiel (I Tm. 5:8).

Mateus 26:41 registra que Jesus disse: “Vigiai e orai”.
Alguns trocam a ordem, dizendo que está escrito “orai e vigiai”, mas, o versículo não se encontra assim!
Vejamos que Jó não se sentia “o santarrão”, “o super-crente”!

Ele não achava que poderia vencer a tudo e a todos pelas suas próprias forças.

Então, como ele se manteve íntegro, reto e temente a Deus?

É simples, ele “se desviava do mal” (Jó 1:1).
Ele vigiava!

O obreiro no ministério local, deve reconhecer suas fragilidades humanas, e saber que quem pisou na cabeça de Satanás foi Jesus, e não nós, ainda (Rm. 16:20).
Quantos que ao alcançarem uma posição na igreja, por vaidade do cargo ao qual ocupam, tornam-se pessoas fechadas ao convívio comum!

Ficam com “cara-de-bule”, parecem “intocáveis” e “incomunicáveis”!

O obreiro deve ser uma pessoa acessível e simpática.
Vejamos o que Deus disse a Jeremias, em 1:5!

Parafraseando para hoje, é como se Deus nos dissesse assim: “Você é um homem do povo, pois o teu ministério foi dado por causa deles! Viva com eles, toque neles. Você é um deles, porém, com a incumbência de cuidar deles.”

Diz-se, acertadamente, que “o pastor tem cheiro de ovelha”.
Deve ter condições de ensinarem ao povo.
Porém, só se ensina o que se sabe! E como está o grau de conhecimento de nossos obreiros?!
Quantos que ao alcançarem um cargo de eminência, sentem-se os “sabichões” e não frequentam mais a Escola Bíblica Dominical, escolas teológicas, seminários, etc.?
Só está apto para ensinar quem está apto para aprender!
Falar-se-á, agora, com os que ensinam.

Aliás, na verdade, será exposto o que escreveu David Wilkerson, no livro “Faminto por mais de Jesus”.

David Wilkerson faz-nos as seguintes perguntas: “O que você está ensinando? A mesma coisa que um dia aprendeu? A revelação adaptada de algum grande pregador? Ou já recebeu revelação pessoal de Jesus Cristo? Se a recebeu, ela é progressiva? O céu está aberto para você?”
Nunca pensemos que já alcançamos tudo, pois somos o povo do caminho, ou seja, estamos “indo”, mas não chegamos ainda! (Os. 6:3)
Não Espancador, Mas Moderado.
Deus, no Antigo Testamento, reclamou sobre isto (Jr. 10:21).
Quantos são verdadeiros “nazistas espirituais”!
O obreiro, deve conscientizar-se que seu trabalho é levantar, não derrubar; curar, não jogar álcool sobre a ferida.
Alguns ainda dizem, quando espancam verbalmente os seus, que estão sendo sinceros, porém, antes de mais nada, devemos ser sinceros com os sentimentos dos outros!
Conforme já foi provado pelos psicólogos do behaviorismo, a disciplina positiva dá melhores resultados que a negativa.
Consequentemente, deve também o obreiro, não usar o púlpito para ataques a ninguém.
Não Ganancioso (I Tm. 3:8). A ganância é o desejo desgovernado por mais e a avareza pelo que já se tem.
E aqui, a ordem é para que o obreiro não seja ganancioso, tanto no que tange o lado material quanto no ministerial.
O dirigente, por exemplo, não pode querer fazer tudo sozinho na igreja.

Não pode querer ser o “bombril” – “mil e uma utilidades”;
E buscar a superioridade ministerial a qualquer custo.
Como se fosse um “papa-cargos”.

O Padre Antonio Vieira, missionário português (1608-1697), disse: “Considerai que querendo mais do que podeis, não só destruís o vosso poder senão também o vosso querer.”
Em Efésios 6:1-3, está exposto os deveres de um filho.

Mas, para que um filho tenha condições de ser conforme este mandamento, seus pais devem ser os motivadores, respeitando os filhos.
Respeito, biblicamente falando, não significa obedecer às vontades dos filhos ou ser submisso aos filhos, mas que devemos respeitá-los como pessoas que são.
Em Efésios 6:4, nos é explicado o modo de respeitarmos os filhos!
Colossenses 3:21 diz-nos o que ocasiona ao filho a falta de respeito dos pais para com ele.
Não sufoque seus filhos com ordens absurdas e com um militarismo barato.

O “por quê” de toda esta exigência de bom governo no lar para o presbítero, está na seguinte parte: “pois se alguém não sabe governar sua própria casa, como cuidará da igreja de Deus?”
Como diz o adágio: “Costume de casa vai à praça”.
Meditemos agora em Lucas 16:10.

Troque a frase NO MÍNIMO por NA FAMÍLIA, e a NO MUITO por NA IGREJA.
Teremos: “Quem é fiel NA FAMÍLIA, também é fiel NA IGREJA, e quem é injusto NA FAMÍLIA, também será injusto NA IGREJA.

Pede-se aos obreiros a que sejam transformados e não que sejam transformistas!
Existem ministérios que, acertadamente, só separam seus obreiros, depois de pesquisarem suas vidas, até mesmo pela vizinhança (Fp. 4:5; I Tm. 3:7).
Não adianta ser obreiro só dentro da igreja, pois isto é muito fácil (II Co. 11:14,15)!
O obreiro deve viver o que prega e pregar o que vive.

Um sermão pode durar alguns minutos, mas com nossas vidas, pregamos sempre.
Você é o sermão!

Que seja pontual nos seus compromissos.

É uma vergonha o culto já ter começado e o obreiro que senta-se no púlpito, estar passando pelo meio da igreja.
Não adianta também esperar e subir na hora da oração, pois isto só demonstrará que o obreiro não tem reverência enquanto fala-se com Deus.
E ainda têm alguns que, além de chegarem tarde, passam cumprimentando todo mundo, parecendo políticos, como se todos só estavam esperando por ele para começarem o culto!

Aos que estão no púlpito, também pede-se que sentem-se decentemente enquanto lá estiverem e não como se estivesse no sofá de sua casa.

II. DOZE EXIGÊNCIAS ÉTICAS QUE DEUS FAZ PARA A ESCOLHA DE UM OBREIRO (LV. 21:21-23)

Têm os que podem somente “comer o pão”.
Existem, porém, os que além de comerem, são escolhidos para “servir o pão”.
E Deus faz algumas exigências aos que serão escolhidos para o “serviço”!
Deus não quer que “sirvam o pão”:

1. Cego (v. 18)

Refere-se a cegueira espiritual.
Cego não pode guiar cego.
Tem que ter visão de Deus.

A visão de Deus não é a nossa visão.
Não devemos limitar a visão de Deus.

2. Paralítico/Coxo (v. 18)

Pessoa paralisada, acomodada na obra não pode servir.
Deus não tem plano de aposentadoria na terra para ninguém.
Temos que nos desenvolver, não é possível o tempo passar e tudo continuar na mesma.
Toda vez que a Bíblia menciona um encontro com Jesus e um paralítico, lê-se a frase: “levanta-te e anda”!

3. Nariz Chato (v.18)

“Chatonildo”, “cri-cri”, “resmungão”, etc.
Tem obreiro que detesta criança!
Outros detestam jovens!
Não dão um sorriso sequer.
Nada está perfeito para eles.

4. Membros Demasiadamente Compridos (v. 18)

Deformados e não transformados.
Têm dupla personalidade, ou seja, um dia está feliz com todos, no outro está batendo em tudo.
Em casa é uma coisa, na igreja é outra.
Não crescem na Graça e no Conhecimento de uma forma equilibrada (II Pe. 3:18).
Cuidado também com a tendência ao “fanatismo” e ao seu oposto, que é o “mundanismo”.

5. Pé Quebrado (v. 19)

Quem tem o pé quebrado, não consegue andar direito.
Tem que usar “amuletas”, que são pernas artificiais.

Precisam às vezes de enfeites intelectuais ou ministeriais (II Co. 10:12, 17-18).
Precisam de algo externo para se locomoverem.
Usam de manivelas para com o povo de Deus.

Tem obreiro se arrastando no púlpito e não reconhece.
Este é presa fácil para o “lobo”, pois não terá tempo de correr e salvar a ovelha.
Jesus quer restituir o “pé” aos que assim se encontram, basta reconhecerem (I Co. 2:1-2).

6. Mão Quebrada (v. 19)

A pessoa com a mão quebrada, não pode estendê-la.

Característica do obreiro que não ajuda ninguém na caminhada.

Também não pode abri-la.

Não contribui, pois é “mão de vaca”.

7. Corcovado/Corcunda (v. 20)

Não conseguem olhar para cima, pois estão cheios de peso nas costas.
? Tem obreiro que carrega o peso da culpa.

Culpa de não se humilhar a ninguém.
De não pedir perdão.
Não podem levantar a cabeça para falarem sobre respeito, porque não são respeitadores.

Tem os que estão corcundas porque carregam a igreja toda nas costas.

Jetro disse para Moisés dividir o serviço.
Não somos funcionários muito ocupados, mas filhos obedientes.

8. Anões (v. 20)

Nunca crescem espiritualmente, sempre têm os mesmos problemas passados.
Estão estagnados:

No conhecimento;
No famoso “eu sou assim mesmo”;
Num ponto de vista antiquado;
Etc.

Não ligam para o crescimento do povo, pois prendem-se em uma frase incompleta, que diz que “Deus não tem compromisso com quantidade, mas sim, com qualidade”.

Porém, creio que Deus tem compromisso com quantidade e com qualidade.
Também mede-se a qualidade pela quantidade!

Tem pessoas que pensam que os projetos de Deus são do tamanho dos seus próprios projetos.

9. Belida no Olho/Catarata (v. 20)

Quem tem este problema, não vê direito, assim, têm uma impressão errada sobre todo mundo (Mc. 8:24).
Vêem as coisas de Deus e não discernem, vêm as do mundo, e igualmente não conseguem discernir.

Ficam tentando colocar sentimentos físicos para descobrir se algo é de Deus, por exemplo: “quando é de Deus eu sinto um fogo dentro de mim!”

Apontam um mamão falando que é uma laranja.

10. Sarna (v. 20)

Quem tem sarna necessita de encostar-se para coçar-se.
A pessoa que tem sarna espiritual anda se coçando nos outros.

É fofoqueiro, mexeriqueiro, etc.

Vive contaminando as outras pessoas com seus problemas, com suas revoltas.
Passa coisas ruins.

Ensinos ruins;
Modos ruins;
Cânticos duvidosos;
Etc.

11. Impingem/Ferida Aberta (v. 20)

Amargura, vingança.

“Perdoar é aceitar não somente a ferida, mas também quem feriu.” (Revista Raio de Luz)

Tem obreiro que usa o púlpito para se vingar.
Tem alguns preconceituosos, racistas, facciosos (Tg. 3:14-16).

12. Testículos Quebrados (v. 20)

Quem tem “testículos quebrados” é estéril.

Sem capacidade de reprodução.
Sem capacidade de gerar vidas.

Obreiro estéril nunca consegue aumentar a quantidade de filhos.
Não adianta colocar este em outro lugar.

Sua mensagem é estéril;
Sua conduta é estéril;
Seu pensamento é estéril;
Seu coração é estéril;
Seu cristianismo é estéril.

CONCLUSÃO

Nossa vida na Obra do Senhor, é como mais uma página, a ser escrita na História da Igreja de Cristo.
E, como está sendo redigida a nossa história?

Será uma história de conquistas ou de fracassos?!

Somos como viajantes no deserto, por onde passamos, deixamos nosso rastro.

Como está sendo deixada as nossas pisadas?

Saibamos também que Deus não chama desocupados.

Não espere sentado a chamada, mas ponha-se em pé, arregace as mangas e mãos à obra!

NINGUÉM passa a ser ALGUÉM após um título.
Cumpramos nosso ministério da melhor forma possível, pois, ao terminá-lo, deveremos dizer como o apóstolo Paulo em II Timóteo 4:7.
Deus confia em seus ministros, não O desapontemos!



Estude com fé depois de ter terminado os seus estudos, envie seu questionário com as respostas devidas para o endereço de e-mail: teologiagratis@hotmail.com, se assim quiser, logo após respondido e corrigido o questionário, alcançando media acima de 7,5, solicite o seu Lindo DIPLOMA de Formatura e a sua Credencial de Seminarista formado, também poderá solicitar estagio missionário em uma de nossas igrejas no Brasil ou exterior traves da Federação Internacional das Igrejas e Pastores no Brasil ou Fenipe, que depois do Estagio se assim o achar apto para o Ministério poderá solicitar a sua ordenação por uma de nossas organizações filiadas no Brasil ou no exterior, assim você poderá também receber a sua Credencial de Ministro Aspirante ao Ministério de Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. Esta apostila tem 54 pagina boa sorte.

Sem nadas mais graça e Paz da Parte de Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo bons estudos.

Reverendo Antony Steff Gilson de Oliveira
Pastor da Igreja Presbiteriana Renovada de Nova Vida
Presidente da Federação Internacional das Igrejas e Pastores no Brasil ou Fenipe

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