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sábado, 20 de fevereiro de 2010

II - A PREGAÇÃO E O PREGADOR (b)

Parte II



1 Vv. 6-8.
2 At 4.12.
3 Lc 8.1
4 2Co 5.19.
5 Fp 1.27.
6 1Co 1.18-24.
7 2Co 2.17.
8 1Ts 1.6 BJ.
9 1Tm 1.10.
10 Tt 1.9; cf. v.2; 2.8.
11 Cf. At 17.21.
12 Jo 8.36.
13 Lc 4.18,19.
14 Rm 8.2.
15 Mc 5.1-20.
16 Tt 1.14.
17 1Tm 1.6; 5.15; Tt 1.14.


Parte II
 PREGAÇÃO E O PREGADOR II

O fato e o ato

 "Conjuro-te, pois, diante de Deus e de Cristo Jesus, que há de julgar os vivos e os mortos, na sua vinda e no seu reino; prega a palavra, insta a tempo e fora de tempo, admoesta, repreende, exorta, com toda a longanimidade e ensino. Porque virá tempo em que não suportarão a sã doutrina; mas tendo coceira nos ouvidos, cercar-se-ão de mestres, segundo as suas próprias cobiças; e se recusarão a dar ouvidos à verdade, voltando às fábulas. Tu, porém, sê sóbrio em tudo, sofre as aflições, faze a obra de um evangelista, cumpre bem o teu ministério" (2 Timóteo 4.1-5).



A primeira parte deste estudo teve como tema central A PREGAÇÃO como missão cristã, como proclamação e ensino autorizado das doutrinas, princípios e leis espirituais deixados por Jesus Cristo. Nesta segunda parte, será analisada a figura do Proclamador, do mensageiro da mensagem do evangelho.


O PREGADOR (v. 5a)


"Tu, porém, sê sóbrio em tudo" (v. 5 a)

O preparo da mensagem começa com o preparo do mensageiro, lembrando que sua força vital é a mencionada em Mateus 10.20:

"...não sois vós que falais, mas o Espírito de vosso Pai é que fala em vós".

Não é fácil ser pastor. Humanamente falando, é uma tarefa complexa pelo fato que lida com missões tão amplas e, por vezes, tão divergentes. É preciso dependência de Deus, e de Sua graça e de Sua energia espiritual.1 Para ser ministro da palavra é preciso 

salvação pessoal, chamada divina porque se for de homens, o pastor não resiste, 
fidelidade à palavra de Deus, convicção de que fora de Jesus Cristo não há salvação, 
convicção da existência do diabo (o candidato a pastor no concílio de exame disse não crer no diabo. Suspensão do concílio, e um pastor idoso disse aos colegas, "não se preocupem; basta um mês no pastorado e ele vai se convencer) , e 
dedicação ao Espírito Santo. 
Bushell afirmou com muita propriedade:

"A pregação não é outra coisa senão a explosão de uma vida que primeiramente se abasteceu de poder nas regiões onde o próprio Deus está entre os alicerces da alma"2

A primazia é que o pregador ame o Senhor3, por isso Paulo pode dizer,

"O Senhor esteve ao meu lado e me fortaleceu, para que por mim fosse cumprida a pregação..." 4

É isso que lhe dará integridade, da parte de Deus o shalom, palavra que quer dizer, inteireza, plenitude, totalidade, paz, saúde, salvação.

Do pregador é esperado que seja um "homem de Deus"5 e um "embaixador de Cristo"6. Há um poder, um peso simbólico no pastor/pregador, como disse Dr. Oates, que tem sido hoje altamente contestado, até porque há os defraudadores de evangelho7. Espera-se, ainda, que seja a encarnação da mensagem em conduta e estilo de vida. Que não haja contradição entre fatos e palavras, a "Síndrome de Apocalipse"8: aparência de cordeiro e voz de dragão.

O pregador há de ser sóbrio, sensível, vigilante, com mente sadia, auto-controlado, palavras, alíás, que se referem ao relacionamento das crenças e da estabilidade emocional do candidato ao ministério. Calvino deixou claro que "o ministro não pode ser escravo do seu estômago e da sua carteira".

"Sofre as aflições" (v. 5b)
E nem se pode fugir porque aquele que é chamado ao sofrimento pelo amor de Jesus Cristo padecerá perseguições".9 E também,

"Eu de muita boa vontade gastarei, e me deixarei gastar pelas vossas almas".10 

Nossa geração está preocupada em evitar a dor . Há todo um imenso capítulo sobre o uso de analgésicos e anestésicos. Para alívio da dor, desde a popular aspirina até a codeína, para a insensibilidade total ou parcial do corpo o éter, o clorofórmio, a benzocaína. Já o cristão entende haver um momento para o sofrimento: 

"se filho (é o salvo) também herdeiro, herdeiros de Deus e co-herdeiros de Cristo; se é certo que com ele padecemos, para que também com ele sejamos glorificados" .11

Existe base bíblica para uma teologia do sofrimento. Romanos 5.3 menciona uma glória nas tribulações, e essa glória decorre do fato de as aflições são vistas como a experiência do dia a dia do cristão. É um sinal de que Deus considerava os que as suportavam como dignos do Seu reino.12 

Não há glória sem sofrimento, isso, porém, nào quer dizer qualquer dor, mas, sim, o sofrimento com Cristo, não é uma enxaqueca, uma mialgia ou mesmo um malígno câncer. Não é morbidez ou masoquismo do cristão. Assim, devemos sofrer com Cristo. Como foi, então, o Seu sofrimento? Que ou quem O fez sofrer? Foram pessoas , suas necessidades, tragédias, dores, resistência, má vontade e abandono. Jesus Cristo sofria com as pessoas. Chorou quando elas choraram.13 Sofreu por elas.14 Do mesmo modo, o pregador da Palavra há de sofrer com e pela igreja que lhe foi confiada, e pelo seu apostolado no mundo:

"Agora me regozijai no meio dos meus sofrimentos por vós, e cumpro na minha carne o que resta das aflições de Cristo por amor do seu corpo, que é a igreja" .15

O ministro da palavra deve sofrer as aflições por causa da verdade, visto que a pregação do evangelho sempre demanda exaustào e perseguição, e envolve a participação nos sofrimentos do Salvador, como tão bem coloca o apóstolo: 

"Agora me regozijo no meio dos meus sofrimentos por vós, e cumpro na minha carne o que resta das aflições de Cristo, por amor de seu corpo, que é a igreja; da qual eu fui constituído ministro segundo a dispensação de Deus, que me foi concedida para convosco, a fim de cumprir a palavra de Deus".16 

O pregador da palavra divina convive com qualidades variadas de problemas: solidão, tensões familiares, dificuldades da obra, onde o pior é que, em muitos casos, o conflito se desenvolve dentro do seio do povo de Deus (decepções, deslealdade, críticas ferinas, incompreensão, indiferença) George Whitefield até exclamou: "Não estou cansado da obra de Deus, mas, sim, na obra de Deus". É verdade , o cansaço pode trazer experiências divergentes: o estresse espiritual (algo seriísimo!) ou maior maturidade17. Que não se caia no pecado da reclamação contra o povo do Senhor, na "Síndrome de Moisés", o qual exclamava,

"Concebi eu porventura todo este povo? dei-o à luz, para que me dissesses: Leva-o ao teu colo..." ;18

nem no pecado da "síndrome de Elias" que à ameaça do perigo fugia e não confiava19. Paulo, ao contrário dos seus colegas de vocação, escreve um verdadeiro "Hino ao Apostolado" onde se humilha e posiciona diante do Deus Soberano que chama, habilita e protege.20 O ministro da palavra há de ser veludo por fora e aço por dentro em todas as circunstâncias, cordato e afetuoso não se deixando oxidar nem quebrar. Ou como afirma o apóstolo,

"ao servo do Senhor não convém contender, mas sim ser brando para com todos, apto para ensinar, paciente; corrigindo com mansidão os que resistem, na esperança de que Deus lhes conceda o arrependimento para conhecerem plenamente a verdade".21 


"Se Por Acaso..."


Se por acaso perdeste a motivação do trabalho,
E os deveres te pesam;
Se perdeste uma série de amigos,
E a solidão te castiga;
Se por acaso perdeste o último raio de luz,
E andas no escuro;
Se teus objetivos parecem cada vez mais distantes,
E o ânimo de prosseguir desfalece;

Se alimentas as melhores intenções,
E, assim mesmo, te criticam;
Se teus pés feridos ostentam a marca
Das jornadas infinitas em busca de soluções
Que o tempo ainda não trouxe;
Se tuas mãos se alongam trêmulas na ânsia
De segurar outra mão que não podes reter
Porque não é tua;

Se teus ombros se alargam, e a cruz
Ainda não cabe. porque é ardua demais;
Se ergues os olhos, e o céu não responde
Às suplicas que fizeste;
Se amas o chão firme, e tens a impressão
De afundar no pântano da insegurança;
Se queres mar alto, e areias seguram 
o navio dos teus sonhos;

Se falas, se gritas até,
e o vazio não devolve o eco à sua voz;
se gostarias de ser inteiro, total,
e te sentes parcelado, repartido, fragmentado,
um trapo de gente, talvez;

Se os nervos afloram,
e beiras os limiares do abismo da estafa;
Se a fé parece conversa fiada,
e nada do eterno te traz ressonância;
Se choraste tanto que já não descobres
as estrelas no alto.

Então, levanta o olhar para a cruz,
fixando Cristo bem nos olhos.
No lenho do Calvário, encontram-se
todas as respostas para aqueles que sofrem
e perdem a vontade de sorrir, de lutar, de viver.

Ajoelha-te aos pés de Cristo Ressuscitado,
como Tomé, o apóstolo incrédulo, e repete com ele:
"Meu Senhor e meu Deus!"


"Faze a obra de um evangelista" (V. 5c)


A palavra "evangelista" só três vezes aparece no Novo Testamento.22 Qual a obra do evangelista? Quem eram eles? Não precisamos nos cansar para verificar que a resposta imediata é que os apóstolos são evangelistas e tinham como qualificação especial estar com o Mestre e pregar.23 Após a ressureição, a principal preocupação deles tornou-se a pregação, e de tal modo que outros homens foram selecionados para cuidarem de outros assuntos relevantes porém mais terra-a-terra.24 
Extraordinários homens esses evangelistas! Paulo aponta Jesus Cristo como tema único do seu ministério apostólico/evangelístico,25 a pregação da esperança, da alegria, da perseverança, o entusiamo que era passado aos ouvintes. O evangelista é, deste modo, um portador de boas notícias, não um agoureiro ou profeta da desgraça, mas um otimista, um apocalíptico no real sentido da palavra.

A única munição que o evangelista leva consigo é a autoridade de Cristo, que através do Seu Espirito concede esse dom especial da sua graça.26 O Novo Testamento oferece modelos da pregação evangelística: é o testemunho, quando o crente em Jesus Cristo não só conta a história, mas a sua parte naquela história;27 a proclamação, que é, como já visto, fazer o papel de porta-voz,28quando sempre se aguarda uma resposta;29 o ensino, pois que na prática não se deve dissociar a evangelização do ensino: o evangelista deve saber ensinar, e o mestre, evangelizar.30 Jerônimo até disse que "ninguém , deve se arrogar o título de pastor se não puder ensinar os que apascenta".31 

Evangelização sem o "ensinar a guardar" resulta em crentes superficiais e nanicos. Ensino sem a pregação do arrependimento é ancilose. Não era o que acontecia na Igreja-dos-Primeiros-Dias conforme o declaram Atos 5.42 e 20.20. Perfeito exemplo de integração de ensino e pregação evangelistica se encontra em Atos 8.26-38, terminamos o texto por dizer qie Filipe o evangelizou e ouviu a pergunta que todo evangelista pede em oração para ouvir com maior freqüência, "que impede que eu seja batizado?" (v. 36b). Outro modelo é o convite no teor do Salmo 34.8, "provai, e vede que o Senhor é bom";32; a vida, posto que temos um ministério espetacular como o ensino de Paulo em 2Coríntios 3.18. Sim, mesmo a nossa luz33 é de menor grandeza refletindo a grandeza de primeira da luz do Senhor.34 É o desafio de viver como cristão de que fala o apóstolo em Romanos 12.1,2.

"cumpre bem o teu ministério" (v.5b )

O que há de ser feito com sinceridade e dependência do Espírito Santo com a dignidade da chamada que recebeu. Dennis Kinlaw salienta que o aspecto mais importante na pregação não é o preparo da mensagem, mas o do mensageiro. Isso significa que nossa prioridade máxima é ter momentos de comunhão com Jesus Cristo, pois chamou Jesus aos apóstolos "para que estivessem com ele" .35 E aos chamados levitas não foi designado, entre outros encargos "estar diante do Senhor servindo-o" ?36
Os ministros da Nova Aliança, como os profetas do Antigo Testamento, agem cheios do Espírito do Senhor, e Lucas insiste nisso: com respeito aos Doze, , a Pedro, aos Sete, a Estevão, a Filipe, a Saulo, a Barnabé e Paulo. 37 

A comunhão de Jesus Cristo e Seu Espírito capacitará o ministro da palavra a ver as pessoas e os fatos como Cristo os vê . Sim, as previsões divinas são inesgotáveis,

"Quem permanece em mim e eu nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazeis" .38

Isso explica João 14.23-26; 15.26,27; 16.7-13. 

O ministro da palavra vive rodeado de perigos e tentações , razão porque necessita ser energizado pelo poder do Alto. Afinal, não é um mero profissional, nem um mero conselheiro, não é um mero orador. É , sim , um ministro da Nova Aliança, da Palavra e das ordenanças.39 

A palavra "ministro"tem uma origem interessante. Era o perfeito contrário de "magistrado" e de "mestre" para os antigos romanos. Magister era o encarregado de administrar a justiça porque havia nele algo mais que os outros, os quais não tinham esse magis, essa competêncai além. Por sua vez , minister era o que tinha um minus, algo menos que os outros porque a serviço dos outros, das autoridades e dos senhores. É mesmo. O pastor é um paradoxo: é mestre porém ministro; possui um magis, o ser pastor-mestre,40 e um minus, seu ministério, ou como coloca Paulo "sou o menor..." 41 

Precisamos de lábios ungidos pela brasa do altar, tanto quanto nossos ouvidos, mãos , pés e olhos.42 Nossa vida interior vai se refletir no púlpito. É nesse ponto que vale a pena citar Lutero o qual dizia que três coisas fazem o pastor: a oração, a meditação e a tentação, visto que as três lhe abrem a consciência para compreeder as grandes , magníficas, abençoadas verdades espirituais.43 

Para bem cumprir seu apostolado, o ministro evangélico precisa estudar. Ele que já conhece o poder transformador de Deus, precisa estudar para bem manejar a Escritura. Jesus Cristo o ressaltou,

"Errais, não conhecendo as Escrituras nem o poder de Deus" 44

O pregador é intérprete da Bíblia, razão porque há de ser homem de estudo, de oração e profundamente inserido no tempo. Há de ter preparo teológico através das ciências bíblicas e teológicas, versado na Teologia Bíblica, na Teologia Sistemática, na Hermenêutica; homem de conhecimentos gerais, leitor de publicações especializadas, dos jornais diários, das revistas de comentário, da história. Há de ter preparo, e permanecer se preparando: é um homem sempre em formação, estudante perene da Bíblia, pesquisador de bons e variados comentários, estudante da teologia e profundo na doutrina.

O pregador da Palavra de Deus há de se alimentar constantemente da meditação das Escrituras, como na ordem a Ezequiel : "Filho do homem...come este rolo, e vai fala à casa de Israel,"45 ou na experiência de Jeremias: "Acharam-se as tuas palavras eram para mim o gozo e alegria do meu coração" 46 

É uma contradição (seria melhor dizer aberração?) a pregação não-teológica. Seria o mesmo que falar em mecanismo não-mecânico, ou medicina não-médica, motivo pelo qual não é possível desvincular o preparo teológico de um ministério bem cumprido.

O apóstolo Paulo faz a Timóteo alguns apelos de cunho pessoal. Diz por exemplo:

"...(que) pelejes a boa peleja, conservando a fé, e uma boa cosciência.". 47

"Exercita-te a ti mesmo na piedade" .48

"Aplica-te à leitura, à exortação, e ao ensino.."49 

"Conjuro-te... que sem prevenção guardes estas coisas, nada fazendo com parcialidade" .50

"Segue a justiça, a piedade, a fé , o amor , a constância, a mansidão" .51

"... guarda o depósito que te foi confiado, evitando as conversas vãs e profanas e as oposições da falsamente chamada ciência" .52

"Conserva o modelo das sãs palavras..." 53 

"Procura apresentar-te diante de Deus aprovado, como obreiro de que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade" ,54

e outros tantos, e tantos outros de atualíssima aplicação na vida do obreiro do século atual.

De onde vem a força do pastor? Com atribuições tão variadas , e por vinte e quatro horas à disposição do seu rebanho, as suas forças espirituais, emocionais e físicas provém de, pelo menos, duas fontes:

Deus ("Posso todas as coisas naquele que me fortalece" 55) Aquele que chamou também o sustenta. Na experiência de chamada de algumas das personagens bíblicas, há um senso de inadequação, de estar aquém da vocação. Não foi assim com Amós?56 Com Jeremias?57 Com Ezequiel?58 Mas pelo poder do Senhor, a voz interior continua a falar: o desejo forte, continuado de fazer do ministério a ocupação suprema da vida: 

"Se anuncio o evangelho, não tenho de que me gloriar, porque me é imposta essa obrigação; e ai de mim, se não anunciar o evangelho!" 59

Outra fonte é a sua igreja, por causa de duas importantes razões: 

o conceito do Sacerdócio dos Crentes porque, precisando o pastor das orações do seu rebanho, espera que ele tome parte ativa na intercessão pelo seu ministério. Como o apóstolo aos gentios rogou: "Irmãos, orai por nós" .60 
O outro conceito é o de Igreja Ministrante, a dimensão pastoral da igreja como um todo. O ministro dá e recebe forças: pastoreia e é pastoreado. Bendito feedback.!... 
Se para o ministro jovem a palavra encorajadora é "ninguém despreze a tua mocidade..." ,61 para o pastor já experimentado nas lides do apostolado persiste a alegria de dizer com Paulo , "combati o bom combate, acabei a carreira e guardei a fé" .62


Utiliza-nos


Senhor, tu nos chamaste.
A inquietude que nos sobrevém
quando ouvimos tua palavra, o comprova.
Tu conheces nossa fraqueza.
Tu sabes com que vacilidade perdemos nosso ânimo.
Tu sabes como caminhamos com medo.
Nisto confiamos.
Trabalha em nós, se for a tua vontade.
Utiliza-nos e faze-nos úteis.
Não sabemos se resultará algo
de tudo o que fazemos em teu nome.
Mas a ferramenta não precisa temer
Pelo sentido da obra.
Nós somos teus instrumentos.
Tu nos tomaste em tua mão.
Utiliza-nos;
Dá o que tu queres,
quando tu queres e quando tu queres.
Faze comigo a tua vontade,
como melhor te agradar,
e assim que te reconhecemos em tua obra.
Coloca-me onde tu queres,
E dispõe de mim livremente.
Estou em tua mão.
Volta-te e envia-me para onde tu queres.
Sou teu servo.
Estou preparado para tudo.
Pois não quero viver para mim, e sim para ti,
e isto, totalmente
e de tal maneira que seja digno para ti.

( Thomas von Kempen )


BIBLIOGRAFIA


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1 Js 1.9.
2 Cit. Harvey. 
3 Cf. Jo 14.21.
4 2Tm 4.17.
5 Cf. 1Tm 6.11; 2Tm 3.17.
6 2Co 5.20.
7 Mt 7.15; 24.11,24; 2Pe 2.1; 1Jo 4.1.
8 Ap 13.11.
9 2Tm 3.12.
10 2Co 12.15.
11 Rm 8.17.
12 Cf. 2Ts 1.5; Mt 5.11,12; Lc 6.22; Jo 16.2; At 5.41; 8.1; 26.9-11; Fp 1.29; 2.17; Hb 10.32-36; Tg 1.2,3,12; 1Pe 2.19; 3.14; 4.13-16.
13 Jo 11.35.
14 Is 53.4,5,8; Hb 10.10.
15 Cl 1.24.
16 Cl 1.24,25; Cf. 2Tm 2.9-13; Fp 1.7,13,14,17; 2Pe 2.19-21.

17 Veja nos termos de Isaías 40.28-31.

18 Nm 11.12.

19 Cf. 1Rs 19.1-4.
20 1Co 4.9-13.
21 2Tm 2.24,25; Cf. 1Pe 5.2,3; Gl 6.1.
22 Ef 4.11; At 21.8; 2Tm 4.5.
23Cf. Mc 3.14; Lc 6.13.
24Cf. At. 6.1-6.
25 2Co 4.1-5; Cf. 1Co 1.17; 1Ts 2.1-15.
26 Cf. Ef 4.11.
27 Jo 4.1-42; Cf. vv. 29,39; 9.24,25; At 22.1-21.
28 At 2.14-36; 3.11-26; 4.7-30.
29 Hb 4.7,2.
30 Cf. Mt 4.23; At 15.35.
31 Cit. LACUEVA, p. 207.
32Cf. Mt 11.28; Mc 1.15; Jo 7.37; At 2.38; 17.30.
33 Mt 5.14.
34 Jo 8.12; 12.46.
35 Mc 3.13.
36 Dt 10.8.
37 At 2.4; 4.8,6.3,5,10; 7.55; 8.29ss; 9.17; 13.4,9.
38 Jo 15.5.
39 2Co 3.5,6; Cf. 1Co 3.5; Ef 3.5-8; Cl 1.25.
40 Ef 4.11.
41 1Co 15.59.
42 Is 6.6,7; Lv 8.23; Mt 6.22,23; Ap 3.18.
43 1Co 2.14.
44 Mt 22.29.
45 Ez 3.1.
46 Jr 15.16.
47 1Tm1.18b,19a.
48 1Tm 4.7b.
49 1Tm 4.13ss.
50 1Tm 5.21. 50
51 1Tm 6.11.
52 1Tm 6.20. 52
53 2Tm 1.13.
54 2Tm 2.15.
55 Fp 4.13.
56 Am 7.14,15.
57 Jr 1.6,7.
58 Ez 2.14.
59 1Co 9.16.
60 iTs 5.25.
61 1Tm 4.12.
62 2Tm 4.7.

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